Sporting: 10 lesões e a ‘maldição’ do pé esquerdo

Diomande é o último cliente de um departamento médico que não teve mãos a medir nas últimas semanas. Com um plantel curto, à imagem de Rúben Amorim, o mês de setembro foi cumprido com total distinção (quatro vitórias em outros tantos jogos) mas deixou cicatrizes na equipa no que se refere a problemas físicos. Que, convém lembrar, iniciaram ainda durante os trabalhos de pré-época.

E que fizeram soar os alarmes em Alvalade pelo elevado inusitado número de lesões desde o arranque. Contas feitas… 10. Quase toda uma equipa obrigada a parar. Uns com mais tempo de paragem, outros menos, problemas que foram limitando as opções de Rúben Amorim que, por sua vez, obrigou a soluções que passaram pela variabilidade, dinâmica e polivalência de um plantel equilibrado.

Os primeiros problemas surgiram logo na pré-época. Num particular com o Sevilha, no Algarve, riscando St. Juste (uma lesão muscular quando o neerlandês surgia integrado num início de temporada) e Nuno Santos  (após um choque violento com Darío Benavides sofreu lesão no joelho esquerdo).

Estas as duas ausências mais prolongadas (o primeiro ainda não voltou a competir e o segundo regressou na 3.ª jornada) e que foram baixas importantes  nos primeiros jogos da época, alguns deles decisivos como os duelos com o FC Porto (Supertaça e Campeonato).

Seguiram-se outras lesões de elementos muito importantes. Sobretudo de Pedro Gonçalves e Marcus Edwards, ambas musculares, sofridas em treino, e que estão fora desde 20 de setembro.

Depois, talvez o facto mais curioso, quase inusitado de cinco (!) jogadores com idêntico problema: entorse no tornozelo esquerdo. O último foi o de Diomande, no recente jogo em Eindhoven — após um duelo com Tillman — mas antes do costa-marfinense já quatro jogadores haviam sido obrigados a parar por problemas no pé esquerdo: Gonçalo Inácio, Diogo Pinto, Kovacevic e Eduardo Quaresma. Resta Matheus Reis, outro caso recente, mas (não sendo revelada) será um problema traumático.

Entre os problemas mais recentes, uma boa notícia para Rúben Amorim: falamos de Diomande, central que foi reavaliado na última quarta-feira e, ao que A BOLA apurou, que não contará com o jogador entre duas a três semanas. A entorse no tornozelo esquerdo, ao contrário do que se chegou a imaginar, não afetou os ligamentos, pelo que o problema acabou por não ser tão grave como se chegou a temer.

Falhará, assim, o duelo com o Casa Pia — também os compromissos com a Costa do Marfim, pois estava convocado para os duelos com a Serra Leoa (dias 6 e 15) — o jogo com o Portimonense (dia 18, Taça de Portugal). Poderá voltar, ao que tudo indica, diante do Sturm Graz, dia 22, para a Champions.