PSP justifica balas de borracha no Dragão: «Atitude hostil dos adeptos»
O clássico entre o FC Porto e o Benfica ficou marcado por confrontos entre adeptos e a polícia, nas bancadas do Dragão, e críticas do clube azul e branco e da Associação Portuguesa de Defesa do Adepto à intervenção musculada da PSP, que disparou balas de borracha.
Em comunicado, a PSP diz que a ação se destinou «dissuadir a atitude hostil dos adeptos». »Nas várias tentativas de confrontos, foram efetuados vários disparos com armas antimotim para dissuadir a atitude hostil dos adeptos e repor a ordem pública, havendo a registar a necessidade de receber tratamento médico por parte de alguns polícias e de vários danos provocados em material policial».
«Foram detidos dois adeptos, um por resistência e coação a funcionário e outro por ofensas à integridade física. Foram ainda levantados vários autos de contraordenação por posse pirotécnica e um auto por contraordenação ao promotor do evento por não garantir as condições de acesso e permanência ao estádio», lê-se, no comunicado da PSP.
A PSP registou vários incidentes relacionados com adeptos durante o evento. Às 18h45, no trajeto entre a estação de Campanhã e o ponto de encontro dos adeptos do Benfica, verificaram-se confrontos iniciados por adeptos do FC Porto, incluindo o arremesso de garrafas e pedras, causando danos a viaturas e afetando outros adeptos presentes.
Mais tarde, durante a deslocação dos adeptos do Benfica para o estádio, houve novos episódios de arremesso de objetos e tentativas de confronto físico entre claques. Durante o jogo, surgiram conflitos em vários setores do estádio, com utilização de artefactos pirotécnicos, especialmente no setor visitante, e o lançamento de tochas para a bancada Nascente, exigindo intervenção policial.