«Parte o maior símbolo da história do Paços de Ferreira»
Já depois de ter realizado grande parte da sua formação no Gondomar, foi no Paços de Ferreira que Diogo Jota conclui esse mesmo percurso. Depois, e ainda na Capital do Móvel, estreou-se enquanto sénior e partiu para uma carreira de altíssimo nível que incluiu passagens por FC Porto, Wolverhampton e Liverpool.
A tragédia abateu-se sobre o internacional português, que faleceu na madrugada desta quinta-feira, tal como o irmão, ambos num acidente de viação, em Espanha.
A BOLA ouviu Paulo Meneses, histórico presidente do Paços de Ferreira que com Diogo Jota conviveu durante muito tempo e a ligação entre ambos era muito mais do que a de um dirigente com um jogador.
«Era como um filho para mim e para o Paços de Ferreira. Convivi com eles em momentos decisivos da sua vida, em que teve de tomar opções, demonstrando sempre grande frieza, ponderação e capacidade de escolha. Manteve sempre grande ligação ao Paços e às pessoas. Parte o maior símbolo da história do Paços de Ferreira. Muitos outros nomes engrandeceram o nosso clube, mas o mediatismo que o Diogo atingiu é inigualável até aos dias de hoje», começou por dizer.
E por entre as tantas histórias que viveram, Paulo Meneses recorda uma que lhe tocou particularmente. «Apenas cinco segundos depois do final do jogo que ditou a nossa subida de divisão, na época 2018/2019, enviou-me uma mensagem com uma fotografia da televisão e com a seguinte frase: ‘Conseguimos! Estamos de novo onde merecemos’. Isto numa altura em que ele já voava ao mais alto nível. O que diz bem da sua ligação eterna ao Paços de Ferreira», comentou.
«O ano passado foi o padrinho do Castor Cup, convite que aceitou de imediato. Mais uma prova de que manteve sempre relação institucional e também pessoal com o Paços de Ferreira e com todas as suas gentes», recorda o dirigente.
A terminar, Paulo Menezes dirigiu-se ao círculo mais próximo de Diogo Jota: «As minhas mais sinceras e sentidas condolências a toda a família e amigos do Diogo. Muito particularmente aos pais. Quis o destino que a última viagem do Diogo fosse com o seu irmão. Eram ambos muito ligados aos pais. Um forte abraço a toda a família.»