Operação Samu: o papel de Villas-Boas na contratação recorde em Portugal
O FC Porto concluiu a compra de 35 por cento dos direitos económicos de Samu ao Atlético de Madrid, ficando com a totalidade do passe do ponta de lança. A BOLA sabe que o acordo foi fechado pessoalmente por André Villas-Boas numa viagem do presidente portista a Madrid, na semana passada. Uma operação de grande envergadura (Samu tem um custo total de €32 milhões) que surge associada ao interesse que vários clubes têm manifestado no ponta de lança e internacional espanhol, cuja cláusula de rescisão está fixada em €100 milhões.
Além de ter acionado a segunda opção de compra prevista no contrato de transferência com os colchoneros, adquirindo de forma definitiva 15 por cento do passe, num investimento total de €5 milhões, a SAD liderada por André Villas-Boas realizou um investimento suplementar de €7 milhões para ficar com os 20 por cento restantes dos direitos económicos que ainda estavam na posse do Atlético de Madrid. Ou seja, gastou €12 milhões, um esforço financeiro de monta, considerando que os dragões têm regras muito apertadas da UEFA quanto aos gastos que podem fazer esta temporada e durante o atual período contabilístico. O FC Porto, no âmbito do seu plano de sustentabilidade financeira e do cumprimento do fair play financeiro, tem um limite de gastos equivalente a 75 por cento das suas receitas.
O FC Porto tinha prazos mais dilatados para comprar Samu, mas decidiu fazê-lo agora, o que pode indiciar que até agosto poderá surgir uma proposta pelo avançado. No primeiro ano nos dragões, Samu marcou 27 golos e fez três assistências em 45 partidas. Agora, o FC Porto tem 100 por cento passe e liberdade para, no futuro (imediato ou não), fazer um encaixe também ele histórico com Samu. De recordar que num movimento de mercado ousado, já que Samu era apontado ao Chelsea, o FC Porto contratou o dianteiro no verão passado ao Atlético de Madrid por €15 milhões, ficando, na altura, com metade do passe do internacional espanhol.