O 'mister de A BOLA' do FC Porto-Chaves: Dragão pouco criativo
João Mário desatou um nó complicado frente ao Chaves. Foto: GRAFISLAB

O 'mister de A BOLA' do FC Porto-Chaves: Dragão pouco criativo

NACIONAL30.12.202315:49

Houve sempre incerteza no marcador e se o Chaves empatasse não seria um escândalo

1. CHAVES COESO

A necessitar de pontos para escapar à despromoção, o Chaves apresentou-se no Dragão num 4x5x1 muito compacto, com Guima destacar-se no meio-campo dos flavienses, ao invés de Rúben Ribeiro que deveria ter sido expulso e com isso prejudicado a equipa. Lamentável! O FC Porto foi sempre muito precipitado nas suas ações e pouco criativo, aliás o que vem acontecendo nos últimos tempos. Trata-se de um jogo difícil de apitar, mas com muitos erros da arbitragem, que se estenderam em quase todo o jogo.

2. DUPLA INEFICAZ 

Um dos problemas evidenciados pelo FC Porto na primeira parte incidiu na escolha da dupla atacante, que pura e simplesmente não funcionou. Taremi e Toni Martínez nunca se complementaram na frente de ataque e isso naturalmente teve influência do jogo global do FC Porto, demasiado passivo, macio e até previsível. Sem grande dinâmica, ao contrário do que é apanágio nas equipas de Sérgio Conceição. Mas foi dos pés de Pepê, antes do intervalo, que surgiu a primeira oportunidade soberana do jogo, mas João Correia impediu, sobre a linha de golo, o primeiro tento dos azuis e brancos. O intervalo chegou assim com um zero-zero.

3. GOLO BONITO

Era esperada uma entrada forte do FC Porto no segundo tempo, até porque Sérgio Conceição seguramente terá exigido mais intensidade aos jogadores na palestra que deu ao intervalo. E a verdade é que o golo, de belo efeito e com o pé contrário, surgiu por intermédio de João Mário numa investida do lateral no ataque. Estava assim desatado um nó complicado, mas a verdade é que o FC Porto, mesmo em vantagem, continuou a demonstrar alguma falta de magia no seu jogo, sem rasgos individuais, o que fez, naturalmente, o Chaves estar sempre dentro do jogo até ao apito final. Moreno foi sempre dando sinais no banco de que nada estava perdido e a verdade é que houve incerteza no marcado até ao fim e se o Chaves, pelas oportunidades que dispôs, tivesse empatada não seria um nenhum escândalo.

4. DIOGO BRILHA 

Denotando muitas dificuldades de penetração na bem escalonada defensiva dos transmontanos, o FC Porto tentou de forma incessante chegar ao segundo golo, mas naturalmente foi abrindo espaços na retaguarda. E o Chaves aproveitou-se desse facto para causar o pânico na área do emblema azul e branco e dispôs de duas soberanas oportunidades para empatar a partida. Numa deles, Benny cabeceou à barra da baliza de Diogo Costa, que pouco tempo depois fez uma defesa assombrosa a remate de Jô Batista. Eis a prova inequívoca de que o Chaves nunca atirou a toalha ao chão e esteve mesmo na iminência de pontuar no Estádio do Dragão. O FC Porto, na linha do que vem acontecendo ultimamente, ganha mas não convence. O seu futebol não tem sido cativante, mas a verdade é que mantém a perseguição aos rivais de Lisboa e promete uma luta titânica para se apoderar do primeiro lugar. Há, com efeitos, muitos aspetos a rever na equipa de Sérgio Conceição, que precisa de melhorar significativamente o rendimento nos próximos jogos, sob pena de sofrer um dissabor e perder mais pontos na classificação. O Chaves, por seu lado, mantém-se como lanterna-vermelha, mas não está acomodado com a posição difícil que ocupa...