O impacto de Viktor Gyokeres não apenas no Sporting mas na Liga Portuguesa é inegável e justifica-se com golos — o sueco leva já esta época 20 em 24 jogos no somatório das competições. Números que fazem crescer a cobiça pelo goleador a quem se aponta saída, o mais tardar, no verão. Só que Gyokeres, apesar de saber que terá muitos interessados nos principais campeonatos europeus, apurou A BOLA, vê-se de leão ao peito ainda mais além do que o final da temporada, mais uma época a marcar golos de verde e branco. «O clube quer manter o Viktor, o que sabemos é que, no fim da época, todos os clubes em Portugal precisam de vender. Neste momento é só pela cláusula, não vamos estar a sofrer por antecipação. Duvido que tenha existido uma proposta porque senão tinham-me dito. Eu penso que seria informado. Não fui e, portanto, não acredito que seja verdade», disse esta quarta-feira Rúben Amorim quando questionado sobre cenário de saída do avançado de 25 anos. De facto, a administração prometeu ao treinador que só deixa sair as principais referências neste mercado de janeiro mediante propostas pelo valor das cláusulas de rescisão, que no caso do sueco é de 100 milhões de euros. Não chegou ainda, nem a de 85 milhões do Chelsea entretanto noticiada. «Não sei, nem perguntei ao [Hugo] Viana. Obviamente que fui informado da notícia e assim que disseram 85 pensei: não chega. Só chega aos 100. A meio da época, só sairá pela cláusula. Como não podemos controlar isso, sinto-me bastante tranquilo porque não podemos fazer nada», explicou Amorim, dando razão à ideia já estabelecida de que no inverno Gyokeres não sai, até porque uma transferência prematura seria duro golpe numa equipa que lidera o campeonato e quer lutar pelo título até ao fim: «Obviamente que temos de ver o impacto que o Viktor tem na equipa, teríamos de mudar muita coisa e daí o esforço da direção em só deixar sair pela cláusula jogadores que não podemos perder. Apenas ouvi o número, pensei que não chega e segui em frente.» A vontade de Gyokeres, nesta altura, também passa apenas pela continuidade em Alvalade. Cenário mais do que provável em 2023/2024. «Hoje em dia obviamente que há clubes que podem pagar 100 milhões, mas isso não controlamos. Estou certo que poderá haver propostas no verão, esta não sei porque ainda não falei com o Viana. Neste momento em janeiro parece-me difícil que alguém venha bater os 100 milhões», insistiu o técnico sobre o melhor avançado da Liga em dezembro, conforme revelou a Liga esta quarta-feira. E também no verão não será fácil a chegada de proposta tão elevada. O que para os leões pode significar a continuidade de Gyokeres para 2024/2025, algo que o internacional sueco até vê com bons olhos. Ou seja, sabe A BOLA que para o camisola 9 não é uma obsessão a saída de Alvalade no final da temporada, apesar de estar consciente de que tem agora ainda mais mercado até mesmo na Premir League. Mas Gyokeres só se deixa seduzir por um clube de grande dimensão, de topo na escala europeia, e até pensa que tal será mais fácil de acontecer depois de uma boa temporada, por exemplo, na Liga dos Campeões. Daí o foco total no Sporting, em ajudar na conquista do tão desejado título. Resumindo, Gyokeres vê-se mais um ano de leão ao peito, naturalmente tendo de ter em conta as leis do mercado... Contrato mantém-se Esta quarta-feira também veio a público a possibilidade de renovação de contrato de Gyokeres e de subida da cláusula de rescisão. Algo que igualmente não se confirma. «Também não me falaram nada disso e o Viana costuma falar. Não é o jogador que precisa de mais ajuda. Há jogadores aqui como o Inácio, o Nuno Mendes quando cá estava, que precisavam de mais ajuda do treinador. O Viktor não. Mas obviamente que aumentar cláusulas estou de acordo. Envolve muita coisa. São 100 milhões ainda. Nem sabemos se os 85 são verdadeiros, mas acho que estamos confortáveis neste momento», disse a propósito Rúben Amorim, que na passada semana tinha destacado o papel que teve em ajudar alguns jogadores a melhorarem as suas condições contratuais. As de Gyokeres mantêm-se: o sueco chegou do Coventry por 20 milhões de euros, no verão, a mais cara contratação da história leonina, e assinou até junho de 2028.
