Man. United dá a volta e bate Viktoria Plzen graças ao bis do substituto Hojlund
Rasmus Hojlund festeja com Bruno Fernandes aquele que acabou por ser o golo da vitória do Manchester United
Foto: IMAGO

Man. United dá a volta e bate Viktoria Plzen graças ao bis do substituto Hojlund

Ruben Amorim promoveu entrada do dinamarquês aos 56' e isso valeu-lhe a vitória

O Manchester United começou a perder, uma vez mais, mas uma alteração fez toda a diferença: Rasmus Hojlund entrou à hora de jogo para bisar e dar os três pontos à equipa de Ruben Amorim, frente ao Viktoria Plzen (1-2).

Uma vitória que teve mão de treinador, mas pouco se notou na primeira parte. Nada há a destacar desse período sem ser um remate de Bruno Fernandes de fora de área, que obrigou Jedlicka a aplicar-se. Dois remates à baliza no primeiro tempo contam a história de um jogo desinspirado, muito também pelas escolhas do treinador: o capitão foi empurrado para trás, Diallo jogou no trio mais atacante e Rashford e Zirkzee estiveram em campo mas, juntos, somaram duas ações positivas. Pouca criatividade, pouco brilho e, em geral, uma exibição muito pobre de uma equipa que é, no papel, largamente superior ao emblema checo.

Ainda assim, o 0-0 ainda era o resultado ao intervalo, com tudo em aberto. Mas... por pouco tempo. Porque a mão de treinador é importante, mas nada pode fazer para evitar certos erros individuais. Foi o caso do sucedido logo após o descanso, com oferta de Onana a Sulc, que serviu Vydra para o 1-0. Festa na Doosen Arena, frustração para os forasteiros, que tentaram crescer, mas quase sem conseguirem quebrar as linhas. É aí que entra Ruben Amorim e a armada de suplentes.

As entradas de Mason Mount e Garnacho deram velocidade na partida, o segundo por si próprio, o primeiro ao conseguir 'empurrar' Diallo para a posição de ala, onde tem criado mais perigo neste início de temporada. Mas Rasmus Hojlund foi, de longe, o jogador que mais impacto teve na partida. Diametralmente oposto a Zirkzee, que prefere descer, jogar no apoio e de frente para a baliza, o dinamarquês utiliza a presença física para segurar os defesas, arrastar marcações e, na base da força, fazer mossa. E assim foi: seis minutos bastaram para, assistido por Diallo, Hojlund encostar para voltar a empatar a partida.

O golo do empate acalmou os ânimos dos até então moralizados jogadores do Plzen, que se viram encostados às cordas e, com Hojlund em campo, a verem o perigo a chegar até bem perto da baliza. Jedlicka ainda teve de se aplicar, para impedir golos de Mount e Garnacho, mas a muralha checa não aguentou o choque de frente do herói os diabos vermelhos: foi ao minuto 88, após passe de Bruno Fernandes, Hojlund confirmou a primeira reviravolta da era Amorim no United, com direito a demonstração das melhores e piores características que tem: a receção de bola foi tudo menos perfeita, mas aguentou a pressão adversária e, com pouco ângulo, fez o quarto da conta pessoal nos últimos dois jogos na Liga Europa.

Numa altura em que Ruben Amorim parece começar a fixar um onze base - já promoveu menos alterações que no jogo anterior -, Hojlund começa, cada vez mais, a reclamar a posição '9' para si. Por outro lado, nem tudo são boas notícias: o United não conseguiu dominar um duelo para que partia como favorito, Onana volta a cometer um erro individual crasso e Rashford, apesar do 'bis' há três jornadas frente ao Everton, é, cada vez mais, uma incógnita no que diz respeito ao que pode adicionar a esta equipa.