Herói do Vitória em Alvalade quer sucessor já: «Temos de ganhar!»
Alheio a contas do título de outros, o V. Guimarães visita Alvalade no sábado com um objetivo de importância capital: assegurar o 5.º lugar, que vale o apuramento para a Liga Conferência pelo segundo ano consecutivo.
A equipa de Luís Freire depende apenas de si mesma e só tem de conseguir o mesmo resultado que o Santa Clara, que visita o aflito Farense. Ou seja, para evitarem surpresas de última hora, convinha aos vimaranenses ganhar em casa do Sporting, algo que não acontece há muito tempo. 14 anos e meio, mais concretamente.
Demasiado tempo, defende, em conversa com A BOLA, Tiago Targino, o herói desse triunfo por 3-2, datado de 8 de novembro de 2010, e que ele não esquece.
«Foi um jogo épico! Eu vinha de uma paragem de 10 meses por lesão e nem estava à espera de ser convocado, quanto mais entrar e fazer a diferença. Tínhamos sofrido dois golos irregulares na 1.ª parte e o professor Manuel Machado mandou-me aquecer e dois minutos depois disse-me que eu ia entrar. Quase nem aqueci, entrei, e marquei dois golos em menos de dois minutos e depois conseguimos dar a volta ao resultado e ganhar. Foi mesmo um jogo especial», recorda o antigo internacional sub-21.
Targino, atualmente treinador-adjunto do Brito, equipa do Campeonato Portugal, revela que estará em Alvalade a assistir à partida e deseja ver alguém vestir a pele de herói que em 2010 foi dele.
«Espero que alguém consiga fazer o mesmo. Bem precisamos da vitória, por isso espero que haja outro jogador do Vitória a escrever essa história. Quem? Tenho um gosto muito especial pelo Tiago Silva. Se não for o Tiago, pode ser o Telmo [Arcanjo]. Mas pode ser qualquer um! Seria um ótimo sinal», aponta.
Alentejano de berço, Targino tornou-se vimaranense de coração e fala no Vitória sempre na primeira pessoa. Afinal, chegou ao clube com 16 anos e depois de o futebol o ter levado para várias latitudes, foi para Guimarães que regressou e lá que ainda vive.
«O Vitória o meu clube. Sou embaixador do clube e vivo em Guimarães. Mas mesmo que não vivesse, o Vitória está sempre no meu coração», assegura. E por ter esse conhecimento, o antigo jogador, de 38 anos, tem a certeza de que as contas do título entre Sporting e Benfica não mexem com os jogadores.
«Quem jogou e joga no Vitória conhece a filosofia do clube. Aqui só se pensa na nossa casa e em defender o nosso símbolo. De certeza que todos estão focados em conseguir ir à Europa, mesmo jogando contra uma equipa que também precisa do jogo para ser campeã», finaliza.
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