Gonçalo Borges foi lançado por Martín Anselmi no duelo com o Inter Miami
Gonçalo Borges foi lançado por Martín Anselmi no duelo com o Inter Miami
Foto: IMAGO

Gonçalo Borges: «Dentro da tempestade, estamos serenos»

NACIONAL22.06.202517:21

Extremo do FC Porto abordou a derrota frente ao Inter Miami (1-2), que complicou o apuramento dos dragões para os 'oitavos' do Mundial de Clubes

NOVA JÉRSIA - Gonçalo Borges concedeu uma entrevista à DAZN, em que abordou a derrota comprometedora do FC Porto diante do Inter Miami (1-2), que complicou (bastante) as contas da qualificação para os oitavos do Mundial de Clubes, fez a antevisão ao encontro com o Al Ahly e falou ainda do sentimento de jogar na equipa principal azul e branca.

Como está a equipa depois da derrota

«Depois desta derrota, em vez de focar-nos no passado, concentramo-nos essencialmente naquilo que nós podemos controlar. E o que podemos controlar hoje foi o treino de hoje, e o que podemos controlar na segunda-feira vai ser o jogo de segunda-feira, e assim por adiante, mas, dentro da tempestade, estamos serenos naquilo que temos de fazer no nosso dia a dia. Só isso nós controlamos.»

Análise ao Al Ahly

«Sabemos que é uma grande equipa, hoje em dia no futebol não existem jogos fáceis, contra qualquer equipa. É uma equipa que é três vezes campeã nacional, uma equipa que no último ano perdeu nas meias-finais da Champions League africana. Por isso, estamos à espera essencialmente de um jogo complicado, difícil, mas estamos focados naquilo que nós temos de fazer, e é imperativo entrarmos com a faca nos dentes, como costumamos dizer, para ganhar.»

O que tem de mudar

«Acho que, essencialmente, é melhorarmos no último terço. Nós temos oportunidades para fazer golo, criámos sempre oportunidades para fazer golo, e às vezes falta ali um detalhe para fazer golo, e um jogo de futebol é marcar mais e não sofrer. Então, acho que, de alguma maneira, temos de ser mais incisivos no último terço.»

Jogo na noite de São João

«Junta-se útil ao agradável, não é? Porque, normalmente, a essa hora é difícil as pessoas estarem a ver o jogo. É às duas da manhã, em Portugal, não é? E pronto, acho que vai ser um bom momento, também um momento de responsabilidade para nós, que já é jogar no FC Porto, mas um momento de responsabilidade extra para nós, por ser o São João, por as pessoas estarem acordadas a ver, e porque nós queremos vencer o jogo, e queremos entregar aos adeptos, também, essa vitória.»

Futebol de formação vs futebol sénior

«É diferente do futebol profissional, é mais rápido, é ter de ser mais adulto a jogar, jogar de maneira diferente. Também a maneira como eu olho para o jogo, hoje em dia, é bastante diferente da maneira que eu olhava para o jogo quando eu tinha 18 ou 19 anos. É, essencialmente, ser adulto no jogo e conseguir compreender os momentos do jogo e aquilo que o jogo está a pedir naquele momento.»

Sensação de jogar na equipa principal do FC Porto

«Eu lembro-me que o meu primeiro jogo a ir para o banco foi contra o Atlético de Madrid, mas não entrei. Não estava nervoso, lembro-me da primeira vez de entrar em campo, quando eu piso no campo e o tempo fica... estamos a entrar para o aquecimento e eu lembro-me daquela sensação específica, uma sensação que eu nunca senti na minha vida. Hoje em dia, é muito bonito no Estádio do Dragão quando os adeptos apoiam, mas aquela primeira vez é uma sensação que eu nunca mais consegui reproduzir na minha vida, em qualquer outra área. Por isso é que eu costumo dizer que o futebol é uma área muito única, muito específica, porque faz-te ter sensações que talvez eu com 24 anos, na altura tinha 22, não conseguia ter essas sensações noutras áreas da minha vida. Se eu estivesse na escola, se eu estivesse em qualquer área da minha vida... Mas ali eu senti-me verdadeiramente realizado, porque era algo que eu já tinha trabalhado, e durante muitos anos, desde os 14, então foi muito bonito, com muita naturalidade.»

Sonhos na carreira

«Costumo dizer que os sonhos são o que dá cor à vida, e não há limites para sonharmos, não há limite para aquilo que podemos fazer, não há limite para tudo aquilo que nós quisermos fazer, se nós metermos na cabeça, nós conseguimos fazer. E chegar aqui era um sonho que eu tinha e neste momento consegui realizá-lo. Ainda tenho muitos sonhos por realizar, ainda sou muito novo, tenho o sonho de jogar na Seleção, tenho o sonho de conseguir esclarecer-me aqui no plantel A, tenho o sonho de estar a jogar uma final da Champions... Porque acho que faz sentido, a vida faz sentido quando partilhamos, e tudo o que é partilhado ganha significado. E levando isso também para o plantel, tudo aquilo que nós partilhamos como equipa tem mais significado, e por isso é que eu gosto de estar aqui.»

O que os adeptos podem esperar da equipa

«Podem esperar uma equipa, um conjunto de indivíduos que formam uma equipa, verdadeiramente no sentido da palavra, que vai trabalhar, que vai ser humilde e que vai falhar, e que vai acertar, e que vai tentar trabalhar sempre no máximo, porque acho que essa é a essência do clube. E alguém que está nesta casa há tantos anos como eu estou, e toda a gente que chegou agora nova também já tem isso bem presente, que às vezes um passo pode falhar, pode falhar uma sessão, pode falhar uma finalização, mas agora aquilo que é atitude, aquilo que é estar presente no jogo, nunca pode faltar. Por isso, essencialmente, isso é o que podem esperar de nós, dedicação constante.»

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