William esteve em grande destaque na asa direita do ataque (Foto: Catarina Morais/Kapta+)

Entre tanta fúria, houve muito Froholdt e ainda mais Willliam (os destaques do FC Porto)

Uma pena Gabri Veiga, que até tinha protagonismo, ter perdido a cabeça. Com 11 o reforço dinamarquês contratado ao Copenhaga, entusiasmou as bancas, com 10 brilhou o brasileiro, que teve influência nos golos da equipa

DIOGO COSTA — Pouco trabalho, ainda assim, nada a fazer no golo do Twente. Perto do final, uma bola traiçoeira não o enganou: agarrou-a com segurança.

MARTIM FERNANDES— A tratar a bola com desvelo e a controlar bem as investidas de Unuvar, investindo também no ataque através de passes bem medidos a libertar os médios interiores.

NEHUÉN PÉREZ — Um corte defeituoso e manifestamente arriscado levou a bola ao poste da baliza de Diogo Costa (9’), naquela que foi a melhor oportunidade... dos neerlandeses. Parceria tranquila com Prpic, a funcionar harmoniosamente até ao momento do golo do Twente, em que calculou mal o corte, permitindo que a bola chegasse à área.

PRPIC
Bom central, com fibra e plena noção dos terrenos que pisa. Não perde as coordenadas quando se trata de encaminhar a bola para o sítio certo, mas terá, necessariamente, de acalmar os ímpetos, porque naquele duelo muito quente com Ricky van Wolfswinkel ultrapassou o limite do razoável e foi o fósforo que acendeu o rastilho da confusão na 1.ª parte. O neerlandês, é verdade, também abusou e foi maldoso em muitas situações.

ZAIDU— Oposição fraca à ameaça de remate de Mitchell van Bergen, que acabaria mesmo por bater Diogo Costa. Primeira parte razoável do nigeriano, a beneficiar de uma entrada poderosa do FC Porto. Ainda assim, na única distração que teve Nehuén viu-se forçado a um corte para o poste depois de um cruzamento que o lateral não intercetou.

ALAN VARELA — Tirando um passe que criou algum caos na área (7), boa primeira parte do argentino, na posição 6, bem acompanhado por Gabri e Froholdt, mais abertos à sua frente. Mobilidade, e até mais intensidade que a normal, a procurar as melhores rotas para a bola, e a proteger bem o seu raio de ação, filtrando o perigo que podia colocar os centrais sob maior pressão. Até o jogo estar 11 contra 11 foi assim, depois... tudo ficou mais confuso.

VICTOR FROHOLDT
Extraordinária primeira parte do dinamarquês, que é, realmente, o ´pacote’ completo como número 8: desarma, antecipa-se, interceta, injeta os ataques com precisão. Encheu o campo e arrancou aplausos pela intensidade que introduziu no jogo da equipa. Com mais rotina (já fez um jogo na Liga do seu país) esteve uns furos acima dos demais, mas pagaria a fatura física quando o FC Porto ficou reduzido a 10 unidades.

GABRI VEIGA — Podia ter saído do primeiro grande teste do FC Porto como um dos protagonistas dos dragões— excecional o controlo de bola à entrada na área do Twente e o tiro rasteiro e seco ao poste (40). Ao invés, perdeu a razão ao envolver-se em agressões com Unuvar, não dando alternativa ao árbitro. Vermelho bem mostrado e uma lição para o futuro.

PEPÊ — Parece renascido e saiu do seu pé o primeiro aviso sério do FC Porto, num pontapé que fez a bola sair por cima da barra. Animado pela entrada forte e dominadora da equipa, envolveu-se bem no ataque, até as expulsões estragarem tudo.

SAMU
Aos 10’, o espanhol conseguiu ganhar vantagem e quando tudo indicava que se isolaria frente ao guarda-redes Tyton, acabou por falhar o controlo da bola, desperdiçando assim uma oportunidade clara de golo. Já não perdoou quando na recarga a uma bola disparada por William. No sistema de Farioli terá de ser mais preciso a distribuir o couro de costas para a baliza, mas no que toca à relação com o golo revela um instinto formidável.

BORJA SAINZ — Incorporou-se bem na dinâmica da equipa, mas não ao ponto de ser incisivo ou determinante, exceção feita a uma combinação com Samu que acabou com Pepê a rematar com perigo por cima da baliza. Foi bem marcado e, não raras vezes, bem desarmado.

EUSTÁQUIO — Contem com ele. Trouxe organização num improvisado sistema com 10 unidades e o FC Porto voltou a ter uma postura dominante em campo.

RODRIGO MORA — Não tirou um coelho da cartola, mas em parceria com Eustáquio ajudou os azuis e brancos a encostar os neerlandeses às cordas.

WILLIAM GOMES
Entrada em jogo com impacto quase imediato. Belo movimento interior a enquadrar-se com a baliza e a disparar à barra, permitindo a recarga vitoriosa de Samu, que teve o mérito de estar no sítio certo. O brasileiro já tinha dado nas vistas no Mundial de Clubes e continuou a crescer, ganhando (e convertendo) a grande penalidade que confirmou a vitória com reviravolta do FC Porto.

ALBERTO COSTA — Primeiros minutos no FC Porto, ainda sem o mesmo nível físico dos companheiros.

DENIZ GUL — Uma ação na área. Sem consequência.

VASCO SOUSA — Pouco tempo em jogo, mas aproveitou cada segundo.

JOÃO MOREIRA — Lateral-direito, entrou para fechar o lado esquerdo da defesa.