Destaques do Sporting: Gyokeres joga à sueca, baralha e dá cartas
Gyokeres, sempre a fugir aos adversários, Foto Grafislab

Destaques do Sporting: Gyokeres joga à sueca, baralha e dá cartas

NACIONAL18.01.202423:30

Ponta de lança arrasa (outra vez) defesa do Vizela e já igualou número de golos pelo Coventry na época passada (22)... em metade dos jogos realizados.

O melhor em campo: Gyokeres (7)

Ao minuto 4, o primeiro aviso do sueco, resolveu Buntic, aos 18’ o ponta de lança falhou incrivelmente a poucos metros da baliza, acertando na trave com estrondo. Ao minuto 24 continuava a demanda, agora atirava à figura, aos 38’ mais uma tentativa, desta feita de cabeça, bola por cima do alvo. Parecia que ia para o intervalo a seco. Parecia... Ao minuto 45+8’, e por dupla ação do sueco, chegaria o empate e o primeiro duelo ganho a Buntic. Como se de um martelo se tratasse, foi batendo, batendo, batendo, desgastando os adversários, sofrendo faltas, algumas duras, até que o prémio surgiu: fez o 5-2, com mais um remate potente. Até começou por dar a bola a Bragança, mas ela voltaria, escolheu o pé onde se sente melhor. Dois golos ao Vizela na primeira volta, mais dois agora.

Adán (5) — O guarda-redes do Sporting passou a primeira parte a ver o jogo de binóculos, mas por duas vezes a bola cresceu aos seus olhos. Uma deu golo, a outra saiu ao lado. Mais do mesmo no segundo tempo. Sofreu um golo sem culpas e só aos 85’ fez finalmente uma defesa, bola fácil de Busnic, disparada de muito longe.

Eduardo Quaresma (6) — O golo do Vizela passou pela sua zona, mas a responsabilidade é de Esgaio. Foi ajudando inclusivamente a equipa a manter o Vizela sob pressão.

Coates (5) — Esteve perto de visar a baliza aos 9’, aos 41’ sobressaiu do ponto de vista defensivo, com corte que evitou contra-ataque. Ao minuto 63, até tem razões para queixar-se de falta de Essende, que a dada altura o puxou na zona do ombro, mas partiu na frente para o lance e tem corpo e maturidade para não perder o duelo. Nem teve tempo de ficar preocupado, aos 72’ tranquilizava a equipa com cabeçada triunfante. Primeiro golo nesta edição da Liga.

Gonçalo Inácio (6) — Pouco trabalho do ponto de vista defensivo, oportunidade par a integrar-se, de bola no pé, sempre que possível, no trabalho ofensivo da equipa.

Esgaio (4) — Não esteve envolvido no lance da falta sobre Matheus Pereira que levantou dúvidas e de onde nasceu o 1-0. A infração foi atribuída a Hjulmand. Mas, depois, no desenrolar da jogada, distraiu-se e nem deu pelo movimento de Soro nas suas costas, que terminaria em 1-0. Procurou envolver-se ofensivamente, sempre em esforço. 

Hjulmand (6) — Bem no contacto com a bola, nas tabelas, nas combinações, ele que ficou ligado à falta (?) de onde nasceria o golo do Vizela. Saiu aos 61 minutos, quando estava bem na partida. Já tinha um cartão amarelo.

Pedro Gonçalves (6) — Papel de sacrifício, pois a meio campo está mais longe da baliza e das zonas de decisão, obrigado a correr mais riscos para conquistar vantagens. Aumentam, pois, os erros e as perdas de bola, as marcações dos adversários são permanentes. Foi assim na primeira parte, mas na segunda subiu de rendimento. E como. Livre bem marcado aos 72’ para a cabeça de Coates, depois passe simples e fácil, nova assistência, agora para Gyokeres fazer o 5-2. 

Nuno Santos (6) — Cabeceou com perigo logo ao minuto 4, mas a bola foi ter com o braço (bem junto ao corpo) de Hugo Oliveira, a seguir serviu o 1-1 a Gyokeres (18’), mas o sueco falhou com estrondo. Tentou a sorte aos 25’, mas errou o alvo, aos 38’ recorreu à trivela para chegar à cabeça de Gyokeres. Segunda parte menos ofensiva, mantendo tudo sob controlo.

Trincão (7) — Bela fuga pela direita ao minuto 4, concluída com cruzamento certeiro para a cabeça de Nuno Santos. E com o pé direito. Foi permanentemente ambicioso durante a primeira parte, assumindo a bola, o drible e o passe de risco, desequilibrador. Bela forma de iniciar a segunda parte: fuga, mais uma, pela direita, passe para Gyokeres, que se transforma em golo, dado que ninguém tocou na bola e ela levou o caminho da baliza. Ao minuto 57’, mais um belo cruzamento seguido de golo, desta feita assistência para Paulinho. Tem o pé esquerdo bem afinado.

Paulinho (7) — Na primeira parte desaproveitou em plena área do Vizela algumas situações em que tinha margem para fazer melhor e viu um golo invalidado, mas ao minuto 45+8 fez o trabalho sujo na área, exercendo a pressão e ganhando de cabeça a bola que chegaria a Gyokeres para o 1-1. E também esteve no arranque do lance do 2-1. Sem exibição de exceção, também foi muito importante. O 3-1, da sua autoria, nasceu de uma falta que ele próprio sofreu. Saiu aos 79’, ovacionado.

Daniel Bragança (6) — Entrou ao minuto 61  e entrou bem. Teve papel ativo no 5-2, recuperando a bola e envolvendo-se no lance que culminou com golo de Gyokeres. Poderá estar a aquecer para a Taça da Liga.

Edwards (-) — Entrou aos 79’ e ainda foi visto a evitar um adversário ou dois... antes de exagerar e acabar no relvado, sem falta.

Rafael Pontelo (-) — Entrou aos 90+1', para a estreia na Liga.

Essugo (-) — Entrou aos 90+1', sem efeito na partida.