Destaques do FC Porto: um traje de Galeno entre muitas nódoas
Diogo Costa (5) — O guarda-redes do FC Porto começou a trabalhar à passagem do quarto de hora, convocado por Di María, e foi vendo o trabalho avolumar-se, obrigado a voar para deter livre de Kokçu e a deter disparo frontal de Akturkoglu. No golo de Carreras foi traído por desvio da bola em Alan Varela, depois sofreu ainda um golo de penálti e um autogolo. Clássico difícil de digerir.
Martim Fernandes (3) — Marcação pouco agressiva no 0-1. Primeiro, estava demasiado encostado aos centrais, depois permitiu que Carreras fletisse facilmente para dentro, não tendo a melhor abordagem e pagando o preço. Voltou a meter-se em sarilhos aos 32', em nova fuga de Akturkoglu, e agravou a situação quando chegou atrasado ao lance em que Pavlidis atirou ao poste (39'), dividindo responsabilidades com Nehuén Pérez. Ficaram à espera do apito, mas não havia fora de jogo. Aos 42', aventurou-se finalmente no ataque e acabou a disparar em boa posição na área do Benfica, mas o remate saiu fraco. Voltou a entrar mal na segunda parte, com falta sobre Akturkoglu. Logo a seguir, o turco intercetou bola de Eustáquio que ia na direção do lateral e dali nasceu o 2-1. Saiu sem surpresa aos 63'.
Nehuén Pérez (3) — Passivo na forma como fez a marcação a Pavlidis ao minuto 39, mas também pouco ativo nas dobras a Martim Fernandes, que estava em claras dificuldades, lidando com Carreras e Akturkoglu. Ao minuto 32, problemas com velocidade de Akturkoglu, no 1-3 pode queixar-se da sorte, pois acaba por ser ele a introduzir a bola na sua própria baliza. Se estava mau, pior ficou.
Tiago Djaló (4) — Di María deixou-o realmente nervoso. Na primeira parte, tocado pelo argentino, teve de ser acalmado pelos companheiros, na segunda parte quando colocou o argentino em jogo, no 1-2. Aos 49', fez ainda uma falta em zona perigosa sobre Pavlidis. Em sua defesa, também resolveu muitos sarilhos na sua área.
Francisco Moura (5) — Um bom cruzamento que Samu não conseguiu aproveitar, já depois da meia hora de jogo, foi o primeiro ponto alto no jogo, mas ao minuto 44 colocou a bola pela relva na área e beneficiou de falha de Otamendi para fazer chegar a bola a Samu. Segunda parte mais difícil em termos ofensivos e defensivos: chegou atrasado a Di María, no 2-1, mas houve perda de bola no flanco contrário, quandose adiantava.
Alan Varela (3) — Erro grave ao minuto 22, permitindo o desarme em fase de construção, mesmo em frente à sua área. Perdeu para Akturkoglu e depois teve a felicidade de João Pinheiro ter interrompido a partida antes de Pavlidis colocar a bola no fundo da baliza de Diogo Costa. Viu o cartão amarelo, mas foi castigo menor para a gravidade da situação. Não estava em noite feliz e até o toque na bola disparada por Carreras foi negativo. Sem querer, naturalmente, pois tentava o corte, acabou por trair Diogo Costa. Cometeu ainda um penálti sobre Otamendi em noite francamente infeliz.
Eustáquio (4) — Pouco visto em termos ofensivos, pois passou muito tempo com a obrigação de fechar e defender, acabou por ser infeliz logo no 0-1, dado que teve oportunidade de despachar a bola dali e não conseguiu. Seria mais grave a ação no 1-2, pois o seu passe para Martim Fernandes saiu curto e Akturkoglu intercetou. No 1-3, tentou o corte, não teve sucesso, e a bola chegou a Bah. O resto é história.
Fábio Vieira (4) — Um bom disparo em zona perigosa, frontal à baliza do Benfica, ao minuto 59, que obrigou Trubin a trabalhar, foi a melhor ação na partida. Não tem o andamento de Galeno.
Nico González (5) — Só foi visto praticamente em cima do intervalo, primeiro com uma ação rápida no 1-1, receção/passe a aproveitar distração benfiquista na zona do meio-campo, depois com disparo de longe, sem perigo. Segunda parte bastante discreta.
Samu (6) — Isolou-se ao minuto 17, mas estava em fora de jogo, e parecia um pouco perdido em campo quando fez, com bons reflexos, o 1-1. Otamendi perdoou, Samu não, mesmo sendo difícil de adivinhar a falha do argentino. A segunda parte seria quase toda passada a ver a bola ao longe.
João Mário (3) — Entrou aos 63' e uma entrada dura sobre Beste foi ação mais visível.
Pepê (4) — Entrou aos 63', com vontade, mas sem resultados.
Namaso (3) — Entrou aos 72' e pouco se deu por ele. Uma fuga até à área, neutralizada.
Gonçalo Borges (-) — Entrou aos 86', sem tempo para fazer o que quer que fosse.