EXCLUSIVO A BOLA «Carreras? Di María? Estou pronto para quem cair no meu lado!»

Em entrevista a A BOLA, Vanderson, lateral direito do Mónaco, antecipa duelo de quarta-feira com o Benfica. Internacional brasileiro de 23 anos, que espera um grande espetáculo de futebol, fala ainda dos portugueses do PSG, de Pepê e de Gelson Martins

É um dos intocáveis do Mónaco e as grandes exibições ao serviço da equipa do Principado levaram-no à titularidade também na seleção do Brasil. Vanderson, de 23 anos, está na quarta temporada no emblema da Ligue 1 e, em vésperas de novo duelo com o Benfica, agora para o play-off de acesso aos oitavos de final da UEFA Champions League, assume-se preparado e com a lição bem estudada. E, em entrevista exclusiva a A BOLA, exclama: «Benfica? Vai ser um espetáculo!» 

 – Olá, Vanderson! Antes de mais, conhece A BOLA? 

– Conheço, claro que sim. E aproveito já para agradecer a oportunidade que estão a dar-me e a disponibilidade para esta entrevista. 

– Nós é que agradecemos. Como está o Vanderson em vésperas do duelo com o Benfica?  

– Estou bem, a trabalhar firme e forte para receber o Benfica, uma equipa excelente e de qualidade. É uma semana muito importante, tão importante para nós como para o Benfica. Um jogo muito bom de se jogar, de estar presente. E bom para os adeptos também. Vai ser um espetáculo.

– A 27 de novembro de 2014, na fase de liga da Champions, perderam com o Benfica por 2-3, com os golos da vitória das águias a surgiram já nos instantes finais. O que falhou nesse jogo? 

– Antes de mais, tenho de dizer que foi um jogo muito bom da nossa equipa e, mesmo quando já estávamos com um a menos [expulsão de Singo, aos 58’], conseguimos passar para a frente do placard. O primeiro tempo foi muito bom, conseguimos impor o nosso ritmo, o nosso volume de jogo. Em particular, nos primeiros 15 minutos, estivemos mesmo muito bem, com bastante posse e muitas recuperações. Foi assim que saiu o nosso primeiro golo. Depois, um erro da arbitragem acabou por influenciar um pouco o segundo tempo, mas isso não é desculpa. Do outro lado estava uma grande equipa, que sabe jogar esta competição, que tem jogadores muito experientes e, por isso, acabámos por ser surpreendidos. Mas mostrámos coisas boas nesse jogo e ficou de aprendizagem para o futuro.

– Aprendizagem já para este reencontro na quarta-feira?  

– Talvez. Nós acompanhámos com atenção a reta final do Benfica na Champions [derrota 4-5 com o Barcelona e vitória por 2-0 em Turim com a Juventus]. Foi muito boa mesmo. Mas nós também tivemos uma boa vitória contra o Aston Villa [1-0], que representou a mudança que nos garantiu estar no play-off. É verdade que, depois em San Siro [derrota por 0-3 com o Inter] não conseguimos impor o nosso ritmo. Portanto, acho que vamos ter um grande jogo, um enorme espetáculo.

– No seu raio de ação, surgirão nomes como Álvaro Carreras ou Schjelderup, ou até Di María... Está preparado?  

– [risos] Sim... Conheço bem a qualidade desses jogadores. A verdade é que, nestas competições, e até mesmo aqui naLigue 1, e ainda mais sendo defesa, todas as semanas apanhamos jogadores de qualidade diferentes, com movimentações diferentes. E, na maioria das vezes, são esses jogadores que caem ali pelo nosso setor da defesa, jogadores que têm mais participação em golos, os mais velozes. E temos ed estar preparados para enfrentá-los a cada três dias. Com o Benfica não será diferente: tenho de estar preparado (e estou) para quem seja que, pelo lado esquerdo do ataque do Benfica, caia ali na minha zona. É estar concentrado e confiante e saber sofrer sem a bola.

– A dura derrota com o PSG na passada sexta-feira (1-4) vai pesar neste duelo com o Benfica? 

– Já passou. Esta está a ser uma época um pouco diferente, com uma rotação muito elevada, com jogos a cada três dias. Não podemos, por isso, deixarmo-nos abatar. Mas serviu de lição, já vimos o que correu mal para tentar aprender e pôr já em prática na quarta-feira.