Boavista: César agradece a Helton e diz que «o melhor está para vir»
César com o prémio de jogador de novembro do Boavista (FOTO: BOAVISTA FC)

Boavista: César agradece a Helton e diz que «o melhor está para vir»

NACIONAL05.12.202414:13

Guarda-redes foi eleito pelos adeptos o melhor jogador de novembro; voltou de urgência às panteras para se tornar protagonista e não esquece quem o ajudou - a família e também o antigo guardião do FC Porto

César foi eleito o jogador do mês de novembro pelos adeptos do Boavista. Fundamental no triunfo em Barcelos, por 1-2 e no empate sem golos contra o Nacional, o brasileiro destaca-se pela segurança que transmite na baliza.

«Primeiro, agradeço muito pelo prémio. Acho que o sentimento maior de todos é de gratidão. Gratidão porque sei todo o esforço que é, não só o meu, mas de grande parte das pessoas que estão ao meu redor e poder receber o prémio é, primeiro, uma honra. Acredito que isso é uma recompensa que nos motiva ainda mais a seguir avançando. A minha família, principalmente, fica ainda mais contente. E a gente segue», afirmou o guardião.

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César esteve absolutamente insuperável (a esta hora ainda deve estar a defender remate no relvado da Choupana...). Ibrahima Camará deu dimensão ao miolo e Salvador Agra ofereceu rasgos de explosão ao ataque. Robert Bozeník está mesmo numa fase em que as redes não querem nada com ele

Contratado já depois do mercado fechar, fruto das graves lesão de João Gonçalves e Luís Pires, César diz ter sido movido pela fé. «Sempre fui muito feliz e grato por chegar ao Boavista. Lembro-me que quando cheguei a primeira vez entrei no estádio, vi todo o cenário, tudo aquilo que poderia acontecer, já me mentalizava desde o início, apesar de as coisas não terem acontecido da maneira que queria e nem no tempo que queria, mas não parava de acreditar e sabia que Deus tinha uma recompensa», relatou, a propósito do seu regresso a uma casa que lhe é querida. «Acredito que coisas melhores estão para acontecer», profetiza.

César nunca admitiu sair de Portugal. Fez as malas para umas pequenas férias no Brasil, mas mesmo sem ter clube voltou na crença de que teria um projeto na nossa Liga. A família, mas também Helton, antigo guarda-redes do FC Porto e ex-internacional brasileiro, além de mais amigos, foram um amparo importante: «Ficar em Portugal era um desejo meu e da minha família. Quando acabou o meu contrato e a época voltei para o Brasil de férias, mesmo sabendo que não tinha um destino de volta. Voltei e segui trabalhando, treinando com pessoas que eram extremamente capacitadas. Eu posso citar aqui o Helton, que me ajudou muito no processo. Outras pessoas como o Alexandre, que é um preparador físico, pessoas que me ajudaram nesse processo, antes de vir para cá», agradeceu.

«Bozeník é um exemplo no balneário»

No plano interno, o Boavista defronta domingo a Farense, com um registo de apenas um ponto ganho no Bessa e nenhum golo marcado. E quando se fala em golos, o primeiro nome que vem à cabeça dos adeptos é Bozenik, que não tem acertado no alvo. «Acredito que todo mundo quer sempre fazer o melhor, principalmente um atacante, assim como um guarda-redes, que quer que a baliza esteja zero todos os jogos», situa César.

«O atacante quer fazer sempre fazer golos, se possível, em todos os jogos. Uma coisa que posso falar do Bozenik é que é um jogador que nunca parou de trabalhar, é um exemplo e uma referência para muitos dentro do balneário e no dia a dia. Acredito que mais cedo ou mais tarde as coisas vão acontecer e ele vai voltar a fazer os golos e contribuir muito para alcançar os nossos objetivos», garante.

Será desta que o Boavista desbloqueia o primeiro triunfo em casa? «Trabalhamos todos os dias para isso e queremos que aconteça o mais rápido possível. Poder voltar as vitórias em casa, poder ter a alegria dos adeptos, é aquilo que o clube inteiro trabalha para acontecer. Quero poder contar com o máximo de adeptos possível, porque eles são a nossa força, motivam o clube, que continuem a ter entusiasmo, que seja de dentro para fora. Esse é o nosso propósito», diz.

A receção aos algarvios é apenas mais um exame, dos muitos que os axadrezados têm de enfrentar: «Todos os jogos são indispensáveis. É um campeonato longo, sabemos a importância de cada jogo, tanto fora quanto dentro de casa. O Farense realmente é um clube que está na disputa, está abaixo de nós neste momento e queremos alcançar a vitória. Vai ser um jogo difícil, mas creio que é possível alcançar uma vitória e dar sequência para a equipa.»