Benfica à procura dos dólares e de (muito) mais
O Benfica viajou nesta sexta-feira para Charlotte, na Carolina do Norte, para defrontar o Chelsea nos oitavos de final do Mundial de Clubes e tem uma oportunidade para vincar mais a passagem pelos Estados Unidos e projetar o nome do clube; do ponto de vista desportivo, financeiro e no prestígio que ajudará a abrir mais as portas de um mercado que a SAD dos encarnados considera prioritário.
A equipa liderada por Bruno Lage entrou na fase de grupos da qualificação com um empate com os argentinos do Boca Juniors (2-2) algo frustrante, fez o bem trabalho ao golear (6-0) os neozelandeses do Auckland City e depois surpreendeu o mundo do futebol com a vitória (1-0) frente ao Bayern (1-0) que valeu a qualificação no primeiro lugar do grupo, além de ter sido a primeira vez que conseguiram derrotar os alemães, após 13 jogos.
Ultrapassar o Chelsea tornaria a campanha ainda mais histórica. Não apenas porque significaria marcar presença nos quartos de final do primeiro Mundial de Clubes de sempre, mas também porque uma vitória seria igualmente a primeira da história frente aos blues, com quem os encarnados têm três derrotas em três jogos, uma delas na final da Liga Europa (1-2) de 2012/13, que ficou atravessada na garganta dos benfiquistas.
O dinheiro
Além do plano desportivo, o Benfica também faz contas aos milhões que entram, muito importantes para o ataque ao mercado, estruturar melhor a nova época.
A campanha no Mundial de Clubes já rendeu ao Benfica €14,6 milhões pela participação, mais €3,44 milhões pelas vitórias frente a Auckland e Bayern e 860 mil euros do empate com o Boca, outros €6,45 milhões pela passagem aos oitavos de final, num encaixe total de €25,35 milhões. Somando à verba amealhada na Liga dos Campeões (€71,88 milhões) desta temporada, as águias chegam ao interessante bolo de €97,23 milhões.
Que ainda pode aumentar consideravelmente — a passagem aos quartos de final do Mundial de Clubes vale prémio de €12,2 milhões, à meia-final de €19,4 milhões, à final de €27,7 milhões. O vencedor recebe da prova recebe mais €37 milhões de euros.
O futuro
Ao mesmo tempo que compete, o Benfica consolida presença nos Estados Unidos, mercado cada vez mais importante para o futebol europeu, no mercado das transferências de jogadores, de prospeção de talentos, de angariação de patrocínios e negócios lucrativos. O exemplo do Real Madrid, ou do Manchester United, clubes já com presença forte nos EUA, são exemplos a seguir, as possibilidades são imensas. Não é por acaso que na comitiva que viajou para a Flórida veio também Nuno Catarino, CFO da SAD dos encarnados. Negócios como o do naming do Estádio da Luz e outros patrocínios podem ganhar novas possibilidades.
Rui Costa, presidente do Benfica, que está igualmente com a equipa desde o primeiro dia, inaugurou a Benfica Residential Academy, que projeta em solo norte-americano o recrutamento e a formação de novos jogadores com a marca e os valores do Benfica, replicando o que cresceu na academia das águias no Seixal.
Os sinais de investimento de expansão do Benfica nos EUA são claros. Para lá desses fatores, conquistar presença nos quartos de final do primeiro Mundial de Clubes representaria, sobretudo, um importantíssimo resultado desportivo.
Sugestão de vídeo:
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