Carreras, lateral-esquerdo do Benfica
Carreras, lateral-esquerdo do Benfica (Foto: IMAGO) - Foto: IMAGO

«O Benfica não está pressionado para vender»

Garantia de Nuno Catarino, vice-presidente do conselho de administração da Benfica SAD

O CFO do Benfica marcou presença, esta terça-feira, na 3.ª Conferência Bola Branca, organizada pela Rádio Renascença, e falou sobre vários temas. Em particular sobre a janela de transferências deste verão.

«O plano é fazer crescer substancialmente as receitas recorrentes e de operação, para reduzir dependência, que é estrutural no futebol português e comum a todos os clubes, que é a de vender jogadores. Queremos ganhar capacidade para reter mais tempo os nossos jogadores. O Benfica não está de facto vendedor nesta altura, não está pressionado para vender. Comprador, há sempre ajustes que têm de ser feitos no plantel, pequenos ajustes que têm sempre de se fazer», disse o dirigente do Benfica, que recusou falar em concreto sobre uma eventual chegada de antigos jogadores do clube, como o lateral-direito Nélson Semedo, ou os avançados Bernardo Silva e João Félix. «Não é do meu pelouro», disse.

Nuno Catarino relembrou, ainda, o peso que o Mundial de Clubes tem nesta altura.

«O Mundial de Clubes começa daqui a duas semanas e o foco tem de estar na preparação da próxima época, que será bastante atípica. Em particular para os clubes que vão estar no Mundial. Temos jogadores que vão para as seleções, voltam, vão para a Miami e temos uma competição importantíssima para o futebol português, temos de ter noção que temos dois clubes e o máximo por país era esse. Temos de saber valorizar e projetar isso, projetar o Benfica num mercado importantíssimo, que é o dos EUA. É de certeza o mercado que pode ter mais crescimento, onde o Benfica já tem parcerias que nos vão ajudar, também para o plano dos 500 milhões [de receitas, em cinco anos]. Haverá eleições no Benfica, temos uma época para preparar, tudo acontecerá com a normalidade devida. O foco agora é na preparação e no plano dos 500 milhões. Penso que esse tem de ser o caminho, um Benfica cada vez mais europeu e não mais pequeno. Este Mundial tem receita, mas também custos, teremos de ter um plantel mais alargado, esta é uma experiência nova. Vai uma equipa inteira para os EUA, sem férias, volta, depois estará a jogar a Supertaça, as pré-eliminatórias da Liga dos Campeões, estamos já em contínuo. É uma época bastante atípica, que acho que vai afetar também o mercado de forma global.»

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