Artur Jorge: Pinto da Costa recorda almoço em Lisboa e a pergunta quando o contratou
Artur Jorge com Pinto da Costa (ASF)

Artur Jorge: Pinto da Costa recorda almoço em Lisboa e a pergunta quando o contratou

NACIONAL22.02.202412:52

Presidente do FC Porto reagiu à morte do antigo treinador, figura incontornável da história do clube e do futebol nacional

O presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, reagiu à morte de Artur Jorge, nesta quinta-feira. Em declarações ao Porto Canal, o dirigente recordou:

«Conheci-o quando ele jogava nos juniores do FC Porto. Era uma promessa sem dúvida alguma, depois por um acidente, digamos assim, foi cedido à Académica e depois teve uma grande carreira, até na seleção nacional como jogador.»

«Como treinador foi uma aposta minha em 1984. Fizemos um percurso lindíssimo, foi o primeiro título que nas minhas presidências o FC Porto conquistou. E foi ele o primeiro treinador português a vencer uma Taça dos Campeões Europeus em 1987. Fez uma equipa fabulosa. Criou espírito de grupo e vitória e naquela final embora favoritismo fosse para o Bayern Munique ele incutiu nos jogadores uma ambição em que quando entrámos para campo, acreditámos que podíamos ganhar como ganhámos? Pessoa com nível intelectual muito alto com paixão pela música, pela literatura, pela arte. É uma pena.»

«Importância dele na história?  Muito importante, se é o primeiro a ser campeão europeu por um clube português, a história dele não é só importante no FC Porto. Era um estudioso, vivia intensamente os jogos, preparava-se muito bem e que hei de dizer mais- é uma pena.»

«Tenho tantas história com ele que algumas…a primeira que me lembro, quando decidi que era o Artur Jorge que seria treinador na altura não havia grande recetividade. Fui a Lisboa, num restaurante chinês convidei-o para almoçar. Falámos de futebol, da vida dele e eu disse-lhe que queria que fosse treinador do FC Porto. Ele respondeu com pergunta interessante: “O presidente tem coragem?” Eu tenho, agora se você não tem acabou a conversa. Ele disse “não, não, consigo vamos para a frente”. Eu disse: “Mas olhe que é para ganhar” Ele: “E vamos ganhar”. Ele meteu o projeto no coração e o facto é que vencemos.»