Capitão Pedro Bicalho festeja golo do Alverca ao Paços de Ferreira
Capitão Pedro Bicalho festeja golo do Alverca ao Paços de Ferreira. Foto LIGA PORTUGAL

Alverca vence Paços e sonha (cada vez mais) com a subida

NACIONAL04.05.202513:50

Pacenses, que lutam pela permanência na Liga 2, acabaram reduzidos a 10 (por lesão) e tiveram penálti revertido

O Alverca venceu o Paços de Ferreira, por 1-0, e somou três pontos que podem ser cruciais nas contas da tão desejada subida à Liga. Já os pacenses tiveram um jogo sofrido, não pelo bom futebol que praticaram, mas porque perderam três jogadores por lesão e perto do final viram ser-lhes revertido um penálti. 

Foi cedo que os alverquenses chegaram à vantagem. Aos 9 minutos, após uma entrada na área pela esquerda, Carter assiste o capitão Pedro Bicalho, que remata de primeira e coloca a equipa em vantagem, alimentando o sonho da subida.

Uma boa entrada da equipa do Alverca, frente a um Paços de Ferreira que sofreu para reagir e que teve o primeiro contratempo aos 24 minutos, quando teve de substituir Jeimes Menezes, por lesão, e colocar entre os postes o estreante Zé Pedro, de 23 anos. O guarda-redes pacense saiu apoiado nos ombros, aplaudido pelos adeptos do Alverca, num exemplo notório de desportivismo.

Aos 37 minutos, mais um mau momento para o Paços de Ferreira, que viu Costinha sair (também) lesionado, com Filipe Cândido a ser obrigado a fazer mais uma substituição - João Pinto foi o eleito para render o extremo.

A precisar de pontuar para se manter na Liga 2, o Paços sempre mudou o rumo do jogo e contou com a preciosa ajuda do estreante guarda-redes Zé Pedro, a manter segura a baliza, como aconteceu quando se esticou, para a esquerda, a negar o golo a Diogo Martins, que atirou de trivela (54’). Pouco depois fez a mancha, negando golo a Carter. Mais uma jogada perigosa do ataque da equipa de Vasco Botelho da Costa que só não deu golo porque o início de tarde de domingo estava reservado para o guarda-redes suplente dos pacenses brilhar.

O Paços de Ferreira não desistiu e esteve muito perto do empate (58’) quando dos pés de Pavlic saiu um remate de longe que quase traía Bravim. Aliás, o médio dos Países Baixos foi dos melhores dos castores o e o passe longo a desmarcar João Pinto merecia melhor fim do que o remate ao lado da baliza alverquense.

Duas equipas com ambições distintas na Liga 2, mas com uma entrega digna na busca dos pontos tão necessários. O Paços de Ferreira teve o contratempo de ficar reduzido a dez aos 81 minutos, devido à lesão de Marcos Paulo, que saiu agarrado ao joelho, numa altura em que o treinador Filipe Cândido já não tinha mais substituições para fazer.

Mesmo reduzidos, nas ambições e no número de jogadores em campo, os pacenses ainda sonharam com o empate aos 85 minutos, quando o árbitro assinalou penálti, a penalizar jogada de David Bruno sobre João Caiado, mas, após recurso ao VAR e ao visionamento das imagens, reverteu a decisão, considerando não ter existido infração. 

O sonho manteve-se até ao apito final, numa demonstração clara que até ao último segundo do campeonato Alverca e Paços de Ferreira vão acreditar. No caso dos ribatejanos, o tão desejado regresso à Liga fica agora mais perto.