Nacional-Boavista, 0-0 A César o que é… de César: brasileiro limpou tabuleiro (crónica)
Guarda-redes foi o mestre do xadrez e a pantera bem pode agradecer-lhe o ponto conquistado. Seis defesas do número 1 seguraram o nulo. Insulares apenas pecaram, percebe-se facilmente, na finalização…
A César bastou ser… competente. Porque sendo competente, foi sério. A toda a linha. O experiente guarda-redes do Boavista fez uma excelente exibição e se as panteras regressaram da Pérola do Atlântico com um ponto na bagagem podem agradecer ao seu número 1. Não se sabe se o brasileiro é mestre em xadrez, mas limpou… o tabuleiro.
Um nulo pode até ser catalogado como um jogo desinteressante, mas não foi o caso. Alvinegros e panteras ofereceram um espetáculo agradável ao milhar e meio de adeptos presentes na Choupana, mas os simpatizantes dos insulares, em natural maioria – assinale-se a presença de cerca de duas centenas de aficionados boavisteiros -, não ficaram propriamente amigos de… César.
Depois de uma primeira parte em que Adrián Butzke e Rúben Macedo demonstraram ter a mira desafinada – Salvador Agra dispôs da única situação de verdadeiro perigo para os nortenhos, mas o remate foi superiormente negado por Lucas França -, as emoções maiores ficaram guardadas para a etapa complementar. Com várias ameaças de golo(s)…
Rúben Macedo cabeceou para o primeiro momento brilhante de César, cabendo a Robert Bozenik desperdiçar situação flagrante para marca, atirando a rasar o poste.
Mas vinha aí (muito) mais Nacional… e ainda (muito) mais César: José Gomes, Adrián Butzke, Luís Esteves, Rúben Macedo e Isaac Tomich foram aos limites das suas capacidades para inaugurarem o marcador, mas o muro erguido pelo guarda-redes dos axadrezados foi suficientemente forte para negar todas as tentativas dos da casa.
Além da excelência da exibição de César, o Boavista pode também gabar-se de ter apresentado uma organização muito acima da média, nunca descurando invadir o meio-campo adversário sem que com isso abrisse brechas no seu processo defensivo. E Salvador Agra, já perto do fim, travou novo duelo com Lucas França, mas o brasileiro dos insulares voltou a levar a melhor.
O Nacional conquistou 7 dos seus 9 pontos em casa, o Boavista somou 9 dos seus 10 pontos longe do Bessa. A tradição de ambas as equipas manteve-se.