3 junho 2025, 06:45
Que futebol queremos?
Sentido de pertença é o espaço quinzenal de opinião de André Coelho Lima, associado do Vitória SC, jurista e empresário
Sentido de pertença é o espaço quinzenal de opinião de André Coelho Lima, associado do Vitória SC, jurista e empresário
O V. Guimarães B apurou-se com brilho para a Liga 3, divisão de onde nunca devia ter saído e onde poderá agora ver evoluir os seus diamantes em condições competitivas mais adequadas às daquela a que todos estes jovens talentos aspiram a chegar: a equipa principal. Apurou-se o Vitória B e o Paredes na série A e o Lusitano de Évora e o Amora na série B do apuramento de subida.
Nos termos dos regulamentos, os vencedores das duas séries de apuramento do Campeonato de Portugal disputam uma final, para definir o campeão de Portugal fora das três competições não organizadas pela Liga. Encontraram-se Vitória B e o histórico Lusitano de Évora, em final que terminou empatada, tendo sido vencida pelos eborenses nos penáltis. Parabéns ao Lusitano de Évora, um clube e uma região que fazem falta às competições superiores e que particularmente muito me satisfaz ver ser promovido.
Mas este texto não é para falar dessa final, deste magnífico caminho que a equipa B do Vitória percorreu esta época voltando a colocar-se no local que é exigido às equipas B dos grandes clubes portugueses. Este texto, dizia, é para homenagear os nossos jogadores, a nossa equipa técnica, o seu valor real e o seu valor potencial e a importância do que conquistaram para o nosso clube ao voltar a colocar a equipa B numa Liga ao nível do mínimo que se exige ao Vitória.
3 junho 2025, 06:45
Sentido de pertença é o espaço quinzenal de opinião de André Coelho Lima, associado do Vitória SC, jurista e empresário
Foram as lágrimas adolescentes, apaixonadas, sentidas dos nossos atletas no final do jogo que me fizeram decidir dedicar-lhes um texto inteiro. Não sobre a final que perderam nos penáltis, mas o percurso que até aí percorreram e, sobretudo, o percurso que a partir daqui poderão percorrer.
Há no Vitória quem defenda que o lugar indicado para a equipa B, atendendo às necessidades de desenvolvimento dos atletas é, precisamente, a Liga 3. Eu confesso as minhas dúvidas, percebo o argumento mas creio que um nível competitivo similar ou assemelhável ao que estes atletas sentirão na equipa principal é, precisamente, na Liga 2. Embora, diga-se, apenas Benfica, FC Porto e, a partir da próxima época, Sporting têm as suas equipas B na Liga 2. SC Braga e V. Guimarães têm-nas na Liga 3.
Em primeiro lugar o timoneiro, o treinador Gil Lameiras. Faço o meu disclaimer: conheço o Gil Lameiras desde que, em 2016 o conheci como treinador da equipa dos Afonsinhos do meu filho Lourenço. Mentiria se dissesse que achava que chegaria onde chegou tão depressa, mas não falto à verdade se disser que vi nele características humanas e de conhecimento de jogo raras no que vou vendo por aí. Parece que o Vitória se apercebeu do mesmo ao lhe atribuir a enorme responsabilidade de chefiar a equipa B a um rapaz que estavas com os escalões não oficiais ainda há muito pouco tempo.
25 fevereiro 2025, 11:00
Sentido de Pertença é o espaço quinzenal de opinião de André Coelho Lima, associado do Vitória SC, jurista e empresário
Escrevi nestas linhas palavras elogiosas a seu respeito aquando da sua escolha para a responsabilidade de treinar a equipa B. Parece que não me enganei. Naturalmente também ao presidente António Miguel Cardoso, que, após a descida ao Campeonato de Portugal, tomou em mãos a condução da equipa B, o que se veio a revelar igualmente uma decisão acertada e, sobretudo, uma demonstração da complementaridade imprescindível que tem de existir entre equipas A e B, como se de uma só se tratasse.
Aproveito, aliás, para voltar a felicitar a extinção dos sub-23 — uma equipa com recursos exíguos como é o Vitória não pode dispersar atenções por duas equipas de municiamento da principal. Uma basta e é mais do que suficiente.
E depois, claro, os jogadores. Aqueles em quem tantas esperanças depositamos. Diogo Sousa, Rodrigo Duarte, André Oliveira mas também Gonçalo Braga, Martim Alberto, Rika, Rica Rocha, Miguel Nogueira, Miguel Vaz e tanto outros são, certamente, o futuro do Vitória. E não pode ser um futuro a médio/longo prazo mas o futuro imediato com, espera-se, apostas mais frequentes e mais consistentes na equipa principal.
Quando vemos Lamine Yamal e Rodrigo Mora a fazer o que fazem com 17 anos percebemos que a idade é apenas um número e que, cada vez mais, os maiores clubes do Mundo não têm hesitações em dar espaço e oportunidades a jovens.
20 maio 2025, 08:00
'Sentido de pertença' é o espaço de opinião quinzenal de André Coelho Lima, jurista, empresário e associado do Vitória SC
Só temos de fazer igual. E lembrar, tanto ao novo técnico Luís Pinto como aos nossos atletas da equipa B que jogadores como André Almeida (Valência), Tapsoba (Leverkusen), Bisseck (Inter), Cafú (Olympiakos/Nottingham Forest), Alberto Costa (Juventus) e Raphinha (Barcelona) são todos eles produtos da formação da equipa B do Vitória.
Jogadores que atingiram o mais alto nível do futebol mundial e passaram todos pelo campo das Pistas Gémeos Castro como sucede com a geração presente. Só temos de dar oportunidades, não ter receio em apostar nestes jovens valores e fazer da equipa A e da equipa B uma só. É o único futuro possível. E nisso, o Vitória pede meças a qualquer um.