Francesco Farioli, treinador do FC Porto - Foto: FC Porto
Francesco Farioli, treinador do FC Porto - Foto: FC Porto

Zaidu a titular, o ruído com o caso Veríssimo e o Ajax: o que disse Farioli

Treinador do FC Porto fez a antevisão do jogo da 4.ª jornada da UEFA Europa League, frente ao Utrecht. Confirmou a titularidade de Zaidu, subscreveu o comunicado do clube sobre o caso Veríssimo e... em metade da conferência foi bombardeado pelos jornalistas neerlandeses com questões sobre o Ajax!

Qual é a chave para vencer o Utrecht? 

— É uma equipa que, olhando para a tabela, dá uma perspetiva diferente daquilo que são. São competitivos, adicionaram jogadores interessantes ao plantel e têm muita qualidade nos flancos. Têm um avançado de topo, são uma equipa bem treinada, com um treinador experiente. Vai exigir muito esforço do nosso lado. Competir na Europa é complicado, temos de estar preparados, trabalhar e ir em força para o jogo.

Está de regresso aos Países Baixos. O treinador do Utrecht disse que lhe ia oferecer um vinho ou um livro. Pronto para aceitar esse presente? 

— Tivemos a mesma ideia. Eu trouxe algum vinho e espero que o possamos beber antes do jogo. O Utrecht foi um dos poucos clubes que não conseguimos vencer [no Ajax] nos dois jogos da época passada. Algum bom vinho português vai ajudar-nos a termos o resultado que precisamos.

É possível manter a equipa longe do ruído à volta do caso com Fábio Veríssimo? 

— A equipa está noutra página, noutro livro que é a Liga Europa, não há dúvidas em fechar este capitulo ou colocá-lo de lado durante algum tempo. O comunicado do clube foi muito claro e concordo com todas as palavras. Tenho total confiança no presidente e na forma como a direção vai gerir esta situação. O barulho não é só sobre o jogo [com o SC Braga], é sobre o que está a acontecer. Que tudo seja resolvido para bem do futebol português.

Zaidu esteve fora das opções nas duas últimas partidas. Qual a razão? 

— Como sabem, na Liga só podemos selecionar 20 jogadores. E ter um jogador como o Martim Fernandes, que consegue fazer o lado esquerdo e o lado direito, tive de tomar essa decisão. Mas amanhã, o Zaidu vai estar no 11 inicial.

Até que ponto pode o próximo jogo com o Famalicão influenciar a sua decisão relativamente à composição do onze? 

— Naturalmente, o importante é o jogo com o Utrecht. Jogámos um desafio fisicamente exigente frente ao SC Braga e precisamos de gerir algumas situações, contudo, vamos tentar entrar com o melhor 11, porque queremos tentar somar o maior número de pontos possível para nos podermos qualificar para a próxima fase da Liga Europa.

Foi embora do Ajax e desde então tem sido ainda mais apreciado pelo adeptos. O que pensa sobre isso? Ainda mantém contacto com as pessoas do Ajax? 

— O que me faria orgulhoso seria dar o título que não consegui dar ao Ajax. No resto, as memórias ficam para mim e para as pessoas que trabalharam comigo. É algo que vai ficar comigo para sempre.

Como avalia o desempenho do Ajax? 

— Não tenho nada a comentar. A minha ligação ao clube e às pessoas não é segredo, mas vejo os jogos à distância, como um adepto, e acho que não é elegante comentar esse tipo de coisas nesta altura.

Não ganhou nenhum dos dois jogos contra o Utrecht. Pensa em vingança? 

— Não consegui vencer o Utrecht e agora voltamos aqui para tentar mudar essa história. Vingança? Não. É tentar ganhar um jogo de futebol.

Ainda sente essa dor de não ter vencido o título nacional pelo Ajax? 

É algo que vai ficar para sempre, mas as boas memórias é que permanecem. Competimos até ao fim. E, por favor, vamos falar sobre o jogo com o Utrecht. Se ainda sinto falta do clube? É engraçado, porque em Portugal terminamos as conferências de imprensa mais rápido e, aqui, não nos despachamos em menos de 35 minutos!