Wilson Eduardo regressa ao onze e aos golos, mas não é suficiente

Tinha tudo para ser um grande jogo, equilibrado, competitivo, com ambas as equipas a lutarem para vencer, e foi isso mesmo que aconteceu, embora nenhuma tenha saído com os três pontos. Num duelo de históricos do futebol português, o Belenenses recebeu a Académica no Estádio do Restelo e até esteve a vencer, mas empatou a uma bola, este domingo.

Os visitados procuravam manter a vantagem na liderança isolada do Grupo B da Liga 3, isto após a vitória do Mafra ao último classificado Sporting da Covilhã (2-0), no sábado, mas não conseguiram ganhar e têm agora apenas três pontos para o segundo à 13.ª jornada, mantendo os oito para o seu adversário, terceiro.

Numa partida com poucas verdadeiras oportunidades para marcar, os dois golos surgiram na primeira parte e nos únicos remates enquadrados. O primeiro foi da formação de Belém, aos 29 minutos, e nem mais nem menos do que da cabeça de Wilson Eduardo. O avançado de 35 anos foi titular pela primeira vez esta temporada (a segunda este ano) e respondeu com golo, o segundo em 2025/26 (já tinha marcado ao Amora, como suplente utilizado).

Após uma excelente jogada individual e cruzamento de Evandro Barros, que também teve o seu mérito, o ex-SC Braga cabeceou de forma espetacular para o fundo das redes, mostrando toda a sua experiência. Uma bola sem hipóteses para o guarda-redes Carlos Alves. Já esta foi a segunda assistência da época para Evandro. Nos festejos, Wilson Eduardo imitou a mais recente celebração de Cristiano Ronaldo.

No entanto, a festa não durou muito para o Belenenses e a Académica chegou ao golo da igualdade dez minutos depois (39'): Beni Souza recebeu a bola na ala, deu-a a Kaká, que cruzou para o cabeceamento certeiro de Triana. O golo não foi tão bonito como o do oponente, mas a verdade é que ambos valem o mesmo.

Na segunda parte, o jogo voltou a ser bastante repartido, nenhum dos treinadores mexeu cedo no jogo, e ninguém conseguiu aproximar-se mais do golo que daria a vitória. A partir daí foi um jogo bastante mais físico e faltoso, e a prova são os nove cartões amarelos mostrados nesses últimos 45 minutos, cinco para o lado dos forasteiros. Afonso Afonso, que foi substituído por Afonso Valente aos 79 minutos, foi eleito o melhor em campo.

Antes de fechar o ano, o Belenenses ainda vai jogar na Covilhã, a 21 de dezembro, sendo que no mesmo dia a Académica recebe o Lusitano de Évora, oitavo classificado, em Coimbra.