Vitória dos galos despertou forte contestação na Pedreira (crónica)
O Gil Vicente foi ao reduto do SC Braga vencer, por 1-0, com um golo de Pablo e suscitou a contestação nas bancadas da Pedreira, com os adeptos minhotos a demonstraram bastante desagrado com a exibição da sua equipa.
A equipa da casa entrou a mandar no encontro e aproximou-se da baliza adversária, logo nos instantes iniciais. El Ouazzani foi lançado na profundidade por Lelo, ganhou na velocidade a Marvin Elimbi, rematou forte, mas ao lado. Depois João Moutinho cruzou, Pau Víctor antecipou-se bem e encostou de primeira, no entanto a bola saiu direta para as luvas de Andrew.
Na sequência de um pontapé de canto foi Pablo que ficou perto de inaugurar o marcador, com um cabeceamento ao segundo poste e valeu a atenção de Hornicek para manter o nulo. Novamente de bola parada, desta feita de livre direto, Luís Esteves enviou a bola à malha superior da baliza dos arsenalistas, dando a sensação de golo, porém não passou disso mesmo.
Os visitantes tomaram de tal forma conta do jogo que a meio da primeira parte ouviram-se assobios na Pedreira. O público bracarense ia tendo razão, pois praticamente em simultâneo houve mais uma oportunidade para o Gil Vicente. Pablo com um remate de primeira e valeu uma enorme intervenção do guardião checo.
Antes do intervalo, Santi García foi sozinho contra o mundo, mas lá conseguiu finalizar de longe e voltou a encontrar a muralha bracarense na baliza contrária. No entanto, o golo dos galos surgiu logo a seguir, numa bela jogada dos homens de César Peixoto, com Agustín a servir Pablo no centro da área e o avançado a faturar, fazendo o terceiro tento na Liga.
Na saída para o descanso, mais assobios por parte dos adeptos da casa, enquanto o público forasteiro festejava a vantagem.
Carlos Vicens efetuou logo duas trocas para o segundo tempo, colocando Rodrigo Zalazar em campo, só que não conseguiu obter o efeito que pretendia, pois apesar de ter mais bola o SC Braga pouco se aproximou da área contrária. Apenas aos 67’ houve real perigo, com Moutinho a enviar uma bola à trave, na sequência de um pontapé de canto.
Com os gilistas a defenderem a vantagem e os arsenalistas tiveram dois remates de Ricardo Horta, que regressou de lesão, mas o resultado não se alterou. Os guerreiros somaram o terceiro jogo sem vencer, na Liga, e a primeira derrota na temporada, enquanto o Gil Vicente ganhou o segundo dérbi minhoto consecutivo.
As notas dos jogadores do Gil Vicente: Andrew (6), Zé Carlos (5), Marvin Elimbi (6), Jonathan Buatu (6), Konan (5), Facundo Cáseres (5), Luís Esteves (6), Murilo (5), Santi García (6), Agustín (6), Pablo Felipe (7), Zé Carlos Ferreira (5), Martín Fernández (5), Sergio Bermejo (5), Gustavo Varela (5) e Antonio Espigares (-).
As notas dos jogadores do SC Braga: Lukas Hornicek (6), Víctor Gómez (5), Paulo Oliveira (5), Sikou Niakaté (5), Leonardo Lelo (5), João Moutinho (6), Gorby (4), Gabri Martínez (5), Fran Navarro (5), Pau Víctor (5), El Ouazzani (5), Rodrigo Zalazar (5), Gabriel Moscardo (5), Florian Grillitsch (5) e Ricardo Horta (5).
César Peixoto
Uma vitória justa, mas com duas partes distintas. Na primeira parte estivemos muito bem, proativos com bola e a criar situações em que podíamos ter feito mais golos. O SC Braga teve necessidade de quebrar um pouco o ritmo. Sabíamos que na segunda parte, o SC Braga ia apertar, pois é uma grande equipa, com bons jogadores e nós baixámos mas sempre organizados.
Carlos Vicens
Contestação? Adeptos não estão contentes, pois jogamos em casa e perdemos, é normal. Temos de continuar a trabalhar. Por diferentes circunstâncias, com jogadores lesionados e com os que viajaram tivemos de ter mais cuidado. Não quero usar como desculpa, mas não queria somar mais baixas. Com as substituições tentamos retomar o controlo da partida.