Vasco Seabra, treinador do Arouca
(foto D. R.)
Vasco Seabra, treinador do Arouca (foto D. R.)

Vasco Seabra garante lobos de Arouca em Alvalade sem pele de cordeiros

Técnico identificou as novas 'nuances' na equipa de Rui Borges e prometeu arouquenses fiéis à sua identidade; «vamos com a ambição de conquistar pontos», assegurou

Depois de ter entrado com o pé direito na ronda inagural, batendo (3-1) o Aves SAD, o Arouca visita o terreno do candidato a tricampeão nacional, depois de ter empatado (2-2) o Sporting na última visita a Alvalade, há seis meses, ainda com Gyokeres.

«Sem Gyokeres, o Sporting é diferente. Todos os jogadores têm as suas próprias características. Mas Luis Suárez é um jogador de altíssimo nível, eventualmente até mais combinativo para poder criar superioridade no corredor central quando o Sporting tem bola. É um jogador muito refinado também e que traz coisas diferentes ao jogo. O Gyokeres teve um momento incrível e, não estando, parece-me que foi extraordinariamente bem substituído. Olhamos muito para o que é o processo coletivo do adversário. O Sporting tem algumas nuances novas, que são naturais, e a nossa equipa está preparada para enfrentá-las», projetou o técnico Vasco Seabra, «muito feliz» com o grupo que tem às ordens, que lhe dá «boas dores de cabeça» para cada jogo.

«Estamos ainda no processo, o mercado continua aberto, pode ainda haver saídas ou entradas, mas estamos tranquilos e orgulhosos dos jogadores», reforçou.

Vamos com a ambição de conquistar pontos, fazermos o nosso jogo, marcar a nossa identidade, queremos mostrar a qualidade que temos, mantendo-nos muito competitivos.

«Vamos com a ambição de conquistar pontos, fazermos o nosso jogo, marcar a nossa identidade, queremos mostrar a qualidade que temos, mantendo-nos muito competitivos. Sabemos que vamos passar muitos momentos em que vamos sofrer e em que temos que cerrar os dentes e nos agarrarmos uns aos outros, mas queremos também ter a capacidade para ter a bola, mostrar a qualidade dos nossos jogadores, enfrentarmos o jogo com ambição e energia. Gostamos sempre de competir contra os melhores, o Sporting é um dos melhores e, portanto, queremos também desafiar-nos a sermos melhores», frisou o técnico dos lobos.

Numa semana em que o plantel recebeu os defesas-centrais Diogo Monteiro (ex-Leeds) e Omar Fayed (cedido pelo Fenerbahçe) para colmatar as saídas de Chico Lamba e Mamadou Loum, é praticamente na máxima força que os lobos se apresentarão em Alvalade, já que só os lesionados Pablo Gozálbez e Marozau são cartas fora do baralho de Vasco Seabra.

Apelo ao equilíbrio emocional

A probabilidade de o Arouca passar boa parte dos 90 minutos do jogo desta noite em Alvalade sem bola é grande. Pelo que Vasco Seabra fez apelo ao equilíbrio emocional da equipa nos vários momentos do jogo.

Temos que, utilizando a expressão do Abel [Ferreira], manter a cabeça fria e o coração quente

«Fico um bocadinho nervoso quando não temos a bola, mas isso é normal, também faz parte do jogo ter esses momentos, mas o essencial é sabermos estar nos diferentes momentos, seja em pressão, em bloco, em defesa da baliza, a construir em primeira ou em segunda fase, ou em criação e finalização… Independentemente desses vários momentos, temos que, utilizando a expressão do Abel [Ferreira], manter a cabeça fria e o coração quente. Temos que estar constantemente vivos no jogo, queremos que a equipa saiba lidar com as adversidades, mas, ao mesmo tempo, que seja competitiva, jogue com alegria e coragem, assumindo também riscos. É importante manter o equilíbrio emocional», disse, garantindo que não irá mexer na identidade dos lobos.

«A nossa força está na força do coletivo e do processo. Vamos defrontar adversário muito forte, mas também nos queremos desafiar. Se nós nos queremos desafiar, é com aquilo que somos todos os dias, a nossa forma de ser e de estar, sabendo para onde queremos ir enquanto Arouca, enquanto grupo. A ideia de jogo mantém-se, é enfrentar os adversários mantendo o nosso processo, a identidade, sabendo que nuns jogos temos um domínio maior e noutros não».

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