Hjulmand e Pavlidis na final da Taça da Liga, disputada entre Sporting e Benfica (foto: Miguel Nunes)
Sporting-Benfica:Hjulmand e Pavlidis (foto: Miguel Nunes/A BOLA)

Vamos lá acabar em grande

Regressos iminentes de Pedro Gonçalves e Di María reforçam otimismo no topo da tabela: há motivos para acreditar que a Liga, até aqui nivelada por baixo, tenha um desfecho mais destacado

Com três pontos de desvantagem para o líder e rival Sporting, mas um jogo ainda por disputar — no próximo dia 28 de março, sexta-feira, no reduto do Gil Vicente —, o Benfica renova confiança com o regresso iminente de Di María.

As águias lidaram bem com a ausência do argentino — em oito jogos só não venceram os três referentes à Liga dos Campeões —, mas nada como recuperar um especialista em decisões para encarar com otimismo a fase em que as pernas mais tremem.

Bah e Manu Silva são cartas descartadas para Bruno Lage, mas do departamento médico não chegam só más notícias para o técnico encarnado que, depois de uma fase de alguma estagnação na dinâmica da equipa, parece ter baralhado o suficiente para dar novo impulso ao desejo de repetir a façanha de 2018/2019. Até Renato Sanches voltou entretanto às opções, num Benfica que ganhou profundidade no mercado de inverno com Dahl, Bruma e Belotti, e que agora revela mais argumentos para atacar a conquista do título.

O Sporting contratou (assertivamente) um novo dono para a baliza e pouco mais do que isso — que Biel ainda não aterrou no futebol português —, mas encontrou forma de sobreviver ao terramoto com epicentro no posto médico, e pode agora respirar a pausa com o fôlego mais composto.

O presidente Frederico Varandas tinha assumido a importância de chegar à data FIFA com a ambição intacta, e a equipa correspondeu, sob liderança sóbria de Rui Borges. O plantel tem ainda muitas baixas, algumas até final da época, mas a recuperação de Pedro Gonçalves pode ser a segunda melhor notícia de 2025 para os adeptos leoninos, assumindo que as recentes exibições de Viktor Gyokeres indiciam o regresso pleno do goleador que tem marcado a diferença na Liga.

É pouco provável que a luta pelo título ainda venha a incluir verdadeiramente FC Porto e SC Braga, mas também aí — ou sobretudo aí — há espaço para melhorar, entre as ideias que Martín Anselmi vai tentando incutir no Dragão e a estabilidade que Carlos Carvalhal consegue dar a um plantel menos sonante do que já foi.

É indiscutível que o campeonato tem estado nivelada por baixo, mas há motivos para acreditar que a prova pode acabar em grande, sendo certo que isso nunca será comprovado por vitórias fáceis dos emblemas mais fortes, mas sim pela capacidade para lidar com os desafios mais exigentes.