V. Guimarães: fragilidade defensiva gera preocupação
A forma de defender é a principal preocupação para Luís Pinto, treinador do Vitória de Guimarães, neste momento. A equipa já leva sete golos sofridos, em três jogos, mas mais importante que a quantidade é a maneira como os adversários chegam à baliza dos conquistadores. Logo na ronda inaugural da Liga, frente ao FC Porto, no Estádio do Dragão, ficaram expostas as fragilidades do setor defensivo, construído com um trio mais recuado e dois alas para fechar os corredores.
O primeiro tento, nesse encontro, resulta de uma falha na transição defensiva, com a equipa a ficar rapidamente em inferioridade, após uma saída rápida do oponente. Ainda nessa partida, no terceiro golo, o próprio Charles deixou a desejar e depois a reação dos jogadores vimaranenses foi demasiado lenta.
Na 2.ª jornada, o V. Guimarães venceu o Estoril, em casa, por 3-2, mas houve novamente motivos para preocupação. Os canarinhos colocaram-se em vantagem com uma boa jogada, mas voltou a haver alguma passividade dos defesas e o guardião brasileiro, de 31 anos, também não ficou com o melhor enquadramento na fotografia. Já o dois igual da turma da linha é antecedido de um pontapé longo, em que os centrais vimaranenses cometem vários erros na tentativa de chegar à bola e permitem que os adversários partam para junto da sua baliza.
Em Moreira de Cónegos houve um lance parecido, em que a defesa voltou a ficar serena perante um ressalto de bola, deixando que a ofensiva oponente fosse mais perspicaz no ataque e acabou por sofrer. O treinador, de 36 anos, que chegou do Tondela, tem insistido, nas suas mensagens públicas, que é necessária outra atitude e que os jogadores têm de perceber como facilitar o seu trabalho, partindo para uma abordagem mais proativa.
Mas, não é tudo, pois a produção ofensiva tem sido escassa (três golos apontados), principalmente pela falta de agressividade em lances nos quais a equipa ronda a baliza adversária. O técnico vai, igualmente, frisando esse aspeto que no último encontro ficou à vista de todos. A entrada em campo, no dérbi com o Moreirense, é muito boa na pressão e na capacidade de estar instalada no meio-campo ofensivo, no entanto não houve golo e as duas finalizações foram fáceis para o guarda-redes contrário defender.