Treinador do Palace atira-se à direção do clube após a derrota frente a Amorim

O treinador do Crystal Palace, Oliver Glasner, criticou a direção do clube depois da derrota desta tarde frente ao Manchester United, de Ruben Amorim, por 1-2.

A equipa londrina está pela primeira vez na história a jogar competições europeias, no caso a Liga Conferência, e tem tido algumas dificuldades nos encontros da Premier League nas semanas em que tem compromissos europeus.

Foi o caso deste domingo: após a derrota de quinta-feira frente ao Estrasburgo, o Palace até entrou a vencer diante do United, mas acabou por permitir a reviravolta dos red devils na segunda parte, com Bruno Fernandes em destaque.

Em declarações à TNT Sports após o encontro, Glasner criticou a falta de ambição da direção no último mercado de transferências.

«Penso que foi o que nos faltou no verão, sem dúvida. Nunca falei sobre isto até agora, mas tudo o que aconteceu foi bastante claro. Se jogas pela primeira vez na história do clube nas competições europeias, penso que a resposta certa é investir e não guardar [dinheiro]. Nós guardámos e é isto que estamos a enfrentar agora», afirmou o técnico austríaco.

«Este grupo de jogadores dá-me tudo todos os dias, mas penso que não recebeu o apoio adequado. Sei que vamos manter-nos unidos e trabalhar arduamente para mudar isto. Continuamos em posições muito boas, mas, mais uma vez, penso que esta era uma oportunidade de ter uma época ainda melhor, que desperdiçámos no verão», acrescentou.

Sobre a derrota com o United, Oliver Glasner reconhece que houve alguma falta de atenção por parte do conjunto do Palace.

«É uma derrota dura. Quando se perde o jogo em duas bolas paradas, torna-se difícil. Não estivemos suficientemente atentos, especialmente no segundo golo, que foi terrível. Já o revi, demorámos demasiado tempo a organizar-nos e depois três jogadores da barreira saíram. Não sei por que o fizemos, mas fizemos. No final, foi por isso que perdemos o jogo.»

«Vi-nos, especialmente na primeira parte, a ser melhores que o Man United. Depois, na segunda parte, quando se sofrem dois golos rápidos, nota-se que o nível de energia não está no máximo devido ao calendário apertado que temos. Mais uma vez, sinto que não foi merecido, dói e, claro, sabemos que devíamos ter feito melhor em alguns momentos, mas no final temos de aceitar», atirou.

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