Bruno assiste duas vezes, e Zirkzee e Mount dão reviravolta ao ManUnited (crónica)

Não foi a exibição mais afirmativa ou a mais espetacular, mas o Manchester United voltou às vitórias na Premier Lague. Valeu a Ruben Amorim a algo inexplicável perda de consistência do Crystal Palace no segundo tempo, em que dois momentos de inspiração construíram a reviravolta e garantiram três pontos muito desejados.

Uma semana depois de não terem conseguido ultrapassar um Everton reduzido a dez em Old Trafford, perdendo mesmo a partida, os Red Devils quiseram entrar dominadores, porém, após Casemiro ter obrigado Dean Henderson a uma defesa apertada no solo ainda no primeiro minuto e mais um ou outro momento de maior expressão ofensiva, a energia esgotou-se antes do fim do primeiro quarto de hora.

Assumiu as rédeas do encontro o Crystal Palace, a realizar um excelente início de temporada e com histórico recente bastante favorável perante o seu adversário de hoje. Lammens foi obrigado a elevados índices de concentração. Quando não era o guarda-redes a entrar em ação, Yoro aparecia para evitar o 1-0, como aconteceu aos 25’ perante Yeremy Pino. Só que, sete minutos depois, o mesmo Yoro viu Mateta escapar-se nas suas costas depois de uma boa jogada de envolvimento dos Eagles e, ao virar-se, derrubou o compatriota. Penálti, que só contou à segunda, depois de o avançado francês ter dado dois toques na bola na sua primeira execução. Lammens foi enganado nas duas vezes. Ainda na compensação do primeiro tempo, De Ligt escorregou, Nketiah isolou-se e foi Shaw quem apareceu como salvador. A vantagem ao intervalo dos locais justificava-se plenamente.

No segundo tempo, o ritmo até parecia semelhante quando os visitantes empataram. Livre de Bruno Fernandes a pedir o sprint de Zirkzee até à zona do primeiro poste, com uma reação tardia e algo passiva da defesa do Palace. O neerlandês dominou com o peito e rematou, de ângulo reduzido porém com efeito, surpreendendo Henderson com a colocação junto ao poste mais distante. Jogava-se o minuto 54.

Aos 63’ e depois de o Palace ter tentado reagir, o United ganhou um livre à entrada da área. Bruno Fernandes deu um toque para Mount que rematou de seguida. A barreira abriu, Henderson tinha-se deslocado para o meio da baliza, e estava feito o 2-1.

O Manchester United teve mais espaço e ainda tentou alguns remates a partir daí, todavia, a hora era de segurar a vantagem. Missão cumprida numa tarde que prometeu muitas mais amarguras do que as que se vieram a verificar.