TAS: Dani Alves perde e terá de pagar indemnização

O clube mexicano UNAM Pumas saiu vitorioso no litígio com Dani Alves, depois de o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) ter estabelecido que a rescisão do contrato em janeiro de 2023, ocorrida após a detenção do futebolista em Espanha, foi feita com «justa causa».

A decisão do TAS anula a deliberação da Câmara de Resolução de Litígios da FIFA, que, em maio de 2024, tinha obrigado o clube a pagar indemnizações ao brasileiro.

O tribunal desportivo determinou que o brasileiro deverá pagar uma quantia ainda maior aos Pumas, como compensação pelos prejuízos causados ao clube. Num comunicado oficial, o clube mexicano sublinhou que esta decisão «representa um precedente importante na proteção dos interesses contratuais dos clubes».

Os responsáveis acrescentaram que, após mais de um ano de processos perante as instâncias desportivas internacionais, o caso pode ser considerado encerrado. Assim, o Pumas não só se livra da obrigação de compensar o seu antigo jogador, como receberá dinheiro deste.

A disputa começou quando Dani Alves apresentou uma queixa à FIFA, alegando que o Pumas rescindiu unilateral e injustificadamente o seu contrato. O brasileiro exigia o pagamento dos salários que teria recebido até ao final do acordo.

Numa primeira instância, a FIFA deu-lhe parcialmente razão, mas o recurso do clube ao TAS mudou radicalmente a situação: a rescisão foi validada como estando em conformidade com os regulamentos, e a responsabilidade financeira foi transferida para o jogador.

O antigo jogador de Bahia, Sevilha, Barcelona, Juventus, PSG, São Paulo e - claro - Pumas retirou-se do futebol profissional em 2023 após a experiência no México.

Mas, antes disso, venceu 41 títulos, incluindo três UEFA Champions League, e esteve oito vezes no onze do ano da FIFA. Um currículo invejável, como jogador.