Jannik Sinner está aborrecido com as críticas aos três meses de suspensão - Foto: IMAGO

«Sinner foi tratado de forma muito dura»

Advogado do tenista italiano, suspenso três meses depois de dois controlos antidoping positivos, defende o líder do ranking mundial que ficou muito incomodado com as críticas de Djokovic

Jamie Singer, advogado do tenista italiano Jannik Sinner, negou que o seu cliente tenha sido favorecido no caso de doping que lhe valeu uma suspensão de três meses, após um acordo com a Agência Mundial Antidopagem (AMA).

O sérvio Novak Djokovic, recordista (24) de títulos de torneios do Grand Slam, foi um dos mais críticos em relação ao caso, afirmando mesmo que não acreditava num desporto limpo.

«São muito injustas [as críticas]. Ele passou todo este processo desde o início cumprindo todas as regras. E não houve qualquer favorecimento. Acontece que todas estas circunstâncias foram muito peculiares. Sinner sente que foi tratado de forma muito dura», disse em declarações à Sky Sports.

«Demorou um pouco a fazê-lo perceber de que aceitar o acordo com a AMA era a coisa correta a fazer, em vez de percorrer todo o processo no TAS [Tribunal Arbitral do Desporto]», disse o advogado, recordando que um tribunal independente que decidiu que não deveria ser aplicada qualquer sanção.

Na base de todas as criticas está a proposta da AMA para que o líder da hierarquia da ATP, de 23 anos, aceitasse uma sanção de três meses de suspensão, em vez do ano que a entidade pretendia e pelo qual se estava a bater no Tribunal Arbitral do Desporto (TAS), depois da Agência Internacional para a Integridade do Ténis (ITIA) ter ilibado o atleta.

Esta pena não impede o líder mundial de disputar qualquer um dos restantes três torneios do Grand Slam de 2025, uma vez que o próximo – Roland Garros, em França – começa em 25 de maio e a sua suspensão termina dia 4 de maio.

A 10 de março de 2024, durante o Masters 1.000 de Indian Wells, Sinner testou positivo para baixos níveis de um metabolito de clostebol, um esteroide anabolizante proibido que pode ser utilizado para uso oftalmológico e dermatológico e, oito dias depois, um novo teste fora de competição voltou a revelar a presença da substância em quantidades ínfimas na urina do italiano.

Sinner justificou os resultados com o facto de um membro da sua equipa de apoio ter utilizado um spray de venda livre que continha clostebol para tratar uma pequena lesão (um corte num dedo), sendo que o mesmo, posteriormente, viria a massajar o italiano sem luvas, contaminando-o com a substância.

A suspensão vai impedir Sinner de participar em três torneios Masters 1.000 – Indian Wells e Miami, em março, e Monte Carlo, em abril.