Selecionador sul-africano acusado de racismo
A poucos dias da CAN, a seleção da África do Sul está envolta em polémica depois de declarações de Hugo Broos terem motivado uma queixa formal do partido Movimento Democrático Unido (UDM), que acusa o selecionador de comentários «racistas e sexistas».
A controvérsia começou quando Broos criticou duramente o jovem defesa Mbekezeli Mbokazi, que falhou um voo para se juntar à seleção. O técnico considerou o comportamento «pouco profissional», mas foi mais longe ao afirmar: «Ele é um menino negro, mas sairá do meu escritório a parecer um menino branco.»
Insatisfeito com a explicação enviada pelo Orlando Pirates, Broos acusou o clube de proteger o jogador, criticou ainda a agente de Mbokazi: «Enviaram-me uma desculpa esfarrapada… é um absurdo. Isto é a África do Sul, e é muito mau.»
«Ele de repente acha que é uma estrela. E essa moça simpática acha que entende de futebol… », disse o técnico.
O UDM apresentou queixa à Comissão Sul-Africana de Direitos Humanos, defendendo que estes comentários «não podem ser descartados como meras observações casuais». O secretário-geral Yongama Zigebe reforçou: «O racismo e as atitudes de supremacia branca não têm lugar na nossa sociedade. Hugo deve ser responsabilizado.»
A África do Sul estreia-se na CAN a 22 de dezembro, frente a Angola, mas a polémica ameaça marcar a preparação da equipa.