'Ronaldomania': há adeptos 'estacionados' há três dias à porta do hotel da Seleção
É assim há 22 anos. Onde quer que esteja a Seleção Nacional – ou antes o Manchester United, o Real Madrid ou a Juventus e agora o Al Nassr – há milhares de fãs que passam horas, dias até, à porta dos hotéis dos estágios com um único propósito em mente: ver Cristiano Ronaldo.
A nacionalidade não importa. De tal modo que raro mesmo é encontrar portugueses, embora também eles passem por lá. Seja qual o for o país onde a comitiva de Portugal estabeleça quartel-general, é certo que coladinhos às portas das unidades hoteleiras lá estarão dezenas, centenas, às vezes milhares, de adeptos locais ou de outros países com um interesse em comum: o amor por CR7, visível nos adereços que transportam, desde camisolas a cachecóis, quadros, desenhos ou objetos nos quais desejam ver a assinatura de Ronaldo.
Munique, claro, não é exceção. E nem os 40 anos da figura mais mediática do Mundo (prova disso ser o recordista de seguidores nas redes sociais, mais do que qualquer músico, ator ou figura pública) e do maior dos vencedores da história do futebol português fazem com que a loucura esmoreça.
Já era assim em 2003, quando saiu do Sporting para vestir a mítica camisola 7 do Manchester United, cresceu de forma avassaladora quando, em 2009, se mudou para o Real Madrid e é absolutamente esmagador quando está ao serviço da Seleção. Como continua a acontecer desde segunda-feira na Alemanha.
A reportagem de A BOLA foi ao encontro da Ronaldomania junto do hotel Andaz, no centro de Munique, onde a comitiva lusa se instalou tendo em vista a meia-final – já ultrapassada com vitória histórica (2-1) diante da seleção alemã – e a final da Liga das Nações, agendada para domingo, às 20 horas, diante de Espanha, que bateu a França na outra semifinal.
Entre os milhares que têm passado pelo local, protegido por dezenas de seguranças contratados especificamente para guardar a Seleção Nacional, há um grupo que se destaca dos demais. São cinco, têm cerca de 20 anos e alguns deles não eram sequer nascidos quando a Ronaldomania se instalou no futebol mundial.
Um deles, Alex, quer, por tudo, mostrar e oferecer a sua arte de desenho em carvão a Cristiano Ronaldo. E também a Rafael Leão, de quem o jovem alemão é igualmente fã. São muito bonitos os desenhos que nos mostra e é gigantesco o amor por CR7: «Ele é o maior. A maior estrela. Se calhar Messi é melhor jogador, Yamal hoje também, mas Ronaldo é o maior no conjunto de tudo! Pena não ter celebrado contra Alemanha com o ‘Siiiiuuuu!’.»
Atrás dele, estão dezenas de camisolas penduradas do lado de dentro da grade que separa adeptos da entrada secundária do hotel, a mesma onde está estacionado o autocarro da Seleção. Os seguranças, simpáticos e pacientes, ajudam na tarefa, tratam eles próprios de pendurar as camisolas e vão acedendo, como podem, sempre com cortesia, aos apelos dos inúmeros fãs.
Também Julia está desde manhã cedo no local, com um grupo de amigas. «Ele é o melhor do Mundo, só queremos vê-lo, tirar uma foto, receber um autógrafo. Sabe a que horas eles saem para o treino?», pergunta-nos, com alguma ansiedade.
Entre os mais novos, com 13 anos, Janus sabe bem o que quer: «Só quero ver Ronaldo. Ele é o melhor do Mundo. Velho? Joga mais que a maioria dos novos. Como velho?» Pois… já lá vão 22 anos. E, segundo o próprio, o adeus não é para já. Até porque ainda há um Mundial, em 2026, para disputar. «E para ganhar!», acrescentaria o capitão da Seleção e sua legião de fãs.