PSG vs. Inter: jovens de milhões contra grupo de trintões no papel de… ‘underdog’

Franceses recolhem favoritismo para esta final da UEFA Champions League; plantéis separados pelo valor, pela idade e pelas conquistas de 2024/25; o percurso até Munique

MUNIQUE – Não é à toa que nas principais casas de apostas desportivas uma eventual vitória do Inter será muito mais bem recompensada. Sim, o PSG está a recolher maior dose de favoritismo para a final deste sábado da UEFA Champions League e isso tem reflexos nas odds. Quem apostar 100 euros na vitória dos italianos poderá ganhar 225 euros, ou seja, dobrar o valor apostado. Quem meter as fichas no PSG não ganhará tanto. Os mesmos 100 euros darão 160 euros em caso de vitória da turma de Luis Enrique, um lucro de pouco mais de metade do valor da aposta inicial.

Três fatores podem ajudar a explicar o desnivelamento das duas equipas nos pratos da balança: o plantel do PSG tem valor de mercado muito superior ao do Inter; é muito mais jovem quando comparado com o dos italianos; e vem numa senda de conquistas, tendo ganho tudo o que tinha para ganhar em 2024/25, ao contrário dos nerazzurri, que tudo perderam até agora esta temporada.

O plantel que Luis Enrique tem à disposição está avaliado em €923,5 M, de acordo com o Transfermarkt, mais €267 M que o plantel do Inter, cotado em €663,8 M.

E as médias de idades das duas equipas estão em lados muito opostos. A do PSG está nos 23,6 anos, ao passo que a dos italianos roça os 30 anos, anda pelos 29,6.

A juventude é uma das marcas da equipa de Luis Enrique, que só tem um jogador acima dos 30 anos, o capitão Marquinhos, que tem 31 anos e é um dos repetentes da final de 2020, perdida (0-1) para o Bayern Munique, Fàbian Ruiz é o segundo mais velho, com 29 anos, seguindo-se Dembelé, com 28 anos.

O plantel dos italianos é bem mais maduro e experiente, em todos os setores. De Yann Sommer (36 anos) na baliza, passando por De Vrij (33 anos) na defesa, por Calhanoglu (31 anos) ou Mkhitaryab (36 anos) no meio campo, e por Taremi (32 anos) ou Arnautovic (36 anos) no ataque, quando Inzaghi quer injetar sangue fresco depois de espremer Lautaro Martínez ou Marcus Thuram, ambos de 27 anos, mas ainda mais velhos que Kvaratskhelia (24 anos), Gonçalo Ramos (23 anos) ou Barcola (22 anos).

Ainda assim, e apesar destes dados que separam as duas equipas, o jogo deste sábado poderá não ser tão desequilibrado dentro das quatro linhas. E isso em muito dependerá do Inter, que terá de fazer orelhas moucas a quem o apelida de underdog nesta final e mostrar no relvado da Allianz Arena que a idade, no futebol, pode ser um posto, e que o favoritismo tem de confirmado dentro do relvado, não nas bolsas de apostas.

O PERCURSO ATÉ À FINAL

Se o favoritismo tivesse em conta o percurso das duas equipas nesta edição da liga milionária, então o Inter, certamente, não estaria (tão) abaixo do PSG nas probabilidades de vencer a final.

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A formação de Paris, recorde-se, teve fase de grupos atribulada, só venceu uma das cinco primeiras jornadas (VDEDD) e teve de jogar o play-off com o Brest (10-0 no agregado das duas mãos). Depois, ultrapassou o Liverpool nos oitavos de final, nas grandes penalidades (4-1, após o agregado de 1-1 no final do prolongamento), bateu o Aston Villa nos quartos (3-1 e 2-3) e venceu os dois jogos com o Arsenal nas meias-finais (1-2 e 3-1).

Já o Inter fez um percurso muito mais vitorioso na fase de grupos. Venceu seis dos oito jogos, perdeu um e empatou outro, e foi direto para os oitavos, fase onde eliminou os neerlandeses do Feyenoord (0-2 e 2-1). Nos quartos, fez o Bayern Munique despedir-se desta edição da UEFA Champions League (1-2 e 2-2) e nas meias protagonizou dois jogos absolutamente fantásticos com o Barcelona. Depois do 3-3 na primeira mão, na cidade catalã, a turma de Inzaghi venceu por 4-3 em Milão, após prolongamento, num daqueles jogos que tão cedo não se irá apagar da memória dos adeptos – e que no número de golos bem podia ser reeditado na final deste sábado.

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