Proteção Civil de Lisboa corrige número de mortos para 16 no acidente do elevador da Glória
A Proteção Civil de Lisboa corrigiu o número de vítimas mortais do acidente trágico do elevador da Glória, que é afinal de 16 e não de 17, como divulgado na manhã desta quinta-feira.
«Com base nas fontes disponíveis, foi informado o falecimento de duas vítimas, durante esta noite, nos hospitais. Esta informação não está correta, tendo-se apurado uma duplicação de um registo, pelo que se corrige e esclarece que faleceu uma pessoa esta noite no Hospital de São José, havendo assim a lamentar 16 vítimas mortais, e não 17 como informado esta manhã», referiu uma nota da responsável pela Proteção Civil de Lisboa enviada à agência Lusa.
Margarida Castro Martins, diretora do serviço municipal da Proteção Civil, lamentou o lapso.
A Carris, refira-se, referiu que «foram realizados e respeitados todos os protocolos de manutenção» e que a última inspeção foi realizada no ano passado. Segundo a empresa, a manutenção geral que acontece a cada quatro anos, ocorreu em 2022 e a última reparação intercalar, que é concretizada de dois em dois anos, foi feita em 2024. De acordo com a SIC, o Elevador da Glória foi alvo de inspeção na manhã do dia da tragédia. A mesma fonte acrescenta que os técnicos deram luz verde em todos os parâmetros. A mudança de cabo é feita a cada 600 dias e a próxima troca estava agendada para daqui a 263 dias.
Luís Montenegro fez uma declaração à comunicação social, sem direito a perguntas, no final da reunião do Conselho de Ministros, ao lado do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, que participou na parte final do encontro, a convite do primeiro-ministro.
«Portugal foi abalado por um terrível acidente. É uma das maiores tragédias humanas de sempre da nossa história recente. As autoridades competentes farão averiguações quanto às causas deste acidente. Esta tragédia não deve ser alimentada para criar divisões nem para aproveitamento político», referiu Luís Montenegro.
«Tudo o que se possa dizer neste momento é mera especulação. A cidade precisa de respostas. Sou, em nome dos lisboetas, o primeiro interessado em que tudo, tudo, seja apurado. Quero aqui garantir que a empresa responsável [Carris] dará todo o apoio às famílias», disse Carlos Moedas.
O Governo decretou um dia de luto nacional, que se cumpre esta quinta-feira. Já a Câmara de Lisboa decretou três dias de luto municipal, entre hoje e sábado.