Pressa de ganhar, drama de sofrer e fé em Foden (crónica)
Com pressa de limpar a imagem deixada na Liga dos Campeões frente ao Leverkusen (0-2), o Manchester City não teve tempo a perder no regresso à Premier League, e aos 59 minutos já estava na frente, mas deixou-se dormir na segunda parte e só um Phil Foden desperto do primeiro ao último minuto permitiu à equipa garantir os três pontos frente ao Leeds, já na compensação, na 13.ª jornada.
Na primeira parte, nada a apontar a Pep Guardiola e companhia, tanto que ao fim de um minuto já vencia, com um golo de Phil Foden — bem pode agradecer em português, já que foi Matheus Nunes, após combinação com o capitão Bernardo Silva, a assistir o avançado inglês para o primeiro do encontro.
Numa partida que contou ainda com Rúben Dias a titular, a equipa dominava e só não ampliou aos 20 minutos graças à defesa visitante, que impediu Foden de manter a pontaria afinada. Haveria uma terceira iniciativa do atacante dos citizens, aos 24’, parada pelo guarda-redes Perri, depois de uma tentativa frustrada de Gvardiol.
E seria mesmo o defesa croata a fazer balançar as redes um minuto depois, na sequência de um canto com desvio de cabeça de O'Reilly. O VAR ainda ameaçou anular o golo, mas o lance foi validado.
Numa primeira parte de sentido único, falharam a festa do golo Bernardo Silva (remate intercetado, 45’), Nico González (travado por Perri, 45’) e Reijnders (para fora, aos 45’ e 45+3’).
No segundo tempo, Dominic Calvert-Lewin entrou e o caso mudou de figura. Chegou ao jogo com um belo cartão de visita, golo aos 49’. Bem pode agradecer em português… a Matheus Nunes. Depois da assistência a Foden, o internacional luso abriu também caminho ao primeiro golo do adversário: primeiro num mau passe e, segundos depois, quando poderia emendar a mão, ao falhar o corte, deixando a redondinha à mercê do ex-Everton.
Guardiola percebia os riscos, Donnarumma foi assistido para dar ao treinador tempo para dar indicações aos seus jogadores, mas depois do balde de água fria seguiu-se mesmo outro de água gelada. Nmecha foi chamado a converter um penálti, o guardião italiano ainda defendeu, mas na recarga acabou mesmo batido (2-2).
O desespero tomou conta do Etihad, Haaland pouco fazia para contrariar o resultado — cabeceamento inofensivo aos 88’ —, mas Foden ainda tinha (outra) palavra a dizer, com novo remate certeiro a dar os três pontos aos anfitriões (90+1’). O jogo ainda estava vivo, com 10 minutos de compensação e ameaças do Leeds, mas Guardiola respirou de alívio.
O City fica isolado à condição no segundo lugar da Premier League, com 25 pontos, à espera do Chelsea (menos dois pontos), que só entra em campo este domingo, frente ao líder Arsenal.
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