O troféu do Mundial
O troféu do Mundial

Preços dos bilhetes para a final do Mundial 2026 causam polémica

Bilhete mais barato para a final de 19 de julho custa mais de... 3500 euros

A FIFA está a enfrentar fortes críticas de grupos de adeptos depois de terem sido revelados os preços dos bilhetes para a final do Mundial 2026. Segundo a federação croata, que publicou os valores do lote PMA — destinado a adeptos que acompanham a seleção ao longo do torneio — o bilhete mais barato para a final de 19 de julho, no MetLife Stadium, custa mais de... 3500 euros.

A revelação provocou indignação imediata da Football Supporters Europe (FSE), que classificou os preços de «exorbitantes» e acusou a FIFA de uma «traição monumental» da tradição do Mundial, afirmando que a organização está a ignorar o contributo dos adeptos que dão vida ao torneio.

A FSE alertou ainda que, com base nas tabelas divulgadas, um adepto que siga a sua seleção desde o primeiro jogo até à final através das alocações PMA poderá pagar um mínimo de 5870 euros — só em bilhetes, quase cinco vezes mais do que teria custado fazê-lo no Mundial do Qatar em 2022.

Numa declaração oficial, a organização afirmou: «A Football Supporters Europe está chocada com os preços exorbitantes dos bilhetes impostos pela FIFA aos adeptos mais dedicados para o Mundial do próximo ano. Trata-se de uma traição monumental à tradição da Copa do Mundo, ignorando a contribuição dos adeptos para o espetáculo que ela representa. Apelamos à FIFA para que suspenda imediatamente a venda de bilhetes PMA, encete consultas com todas as partes afetadas e reveja os preços dos bilhetes e a distribuição das categorias até que seja encontrada uma solução que respeite a tradição, a universalidade e o significado cultural do Campeonato do Mundo.»

A polémica surge num contexto em que adeptos de várias seleções já manifestavam preocupação com os custos totais de seguir as suas equipas no torneio disputado nos Estados Unidos, México e Canadá, onde despesas com viagens e alojamento poderão duplicar ou triplicar o valor do investimento.

Até agora, a FIFA não respondeu diretamente às acusações, mas cresce a pressão para que reveja a política de preços e garanta que o torneio permaneça acessível aos adeptos.