Cristiano Ronaldo, capitão da Seleção Nacional
25. Cristiano Ronaldo, Portugal. Foto: IMAGO

«Pensava que era o corpo que ditava o fim de um jogador. Ao observar Ronaldo...»

Convidado da Sky Sports, Roberto Martínez elogiou o capitão da Seleção e justificou porque é que o avançado continua a ser indiscutível

Convidado da Sky Sports de Inglaterra, Roberto Martínez justificou a aposta contínua em Cristiano Ronaldo, apesar de o capitão da Seleção de Portugal estar perto da marca dos 41 anos (que celebra a 5 de fevereiro).

O selecionador nacional elogiou a dedicação de Ronaldo e lembrou os números que o avançado tem apresentado para explicar a titularidade ao serviço de Portugal.

«Toda a gente tem uma opinião. O que tenho visto é que, quando ganhamos e o Cristiano marca, a imprensa questiona o que faremos sem ele, sugerindo uma dependência excessiva. Quando não marca, a pergunta é como podemos vencer com um jogador de 40 anos. Para nós, é mais simples do que isso. Joga porque marcou 25 golos nos últimos 30 jogos», começou por dizer.

«O registo é incrível. Nos treinos, ele é um exemplo de profissionalismo, de como cuidar de si e de como se esforçar todos os dias para ser melhor. E depois há o orgulho de jogar pela Seleção. É o único jogador na história a atingir 227 internacionalizações», prosseguiu.

Além da tendência natural para os golos, Martínez destaca também a forma como Cristiano Ronaldo conseguiu reinventar-se ao longo da carreira.

«No futebol internacional, a veia competitiva é fundamental. O que o Cristiano traz, para além da capacidade goleadora, é a atitude, aquela fome pela Seleção Nacional. Mudou como jogador, já não é o extremo de 18 anos, mas sim uma figura central na área, um finalizador. Neste momento, o Cristiano é uma referência para nós. Enquanto mantiver essa fome, será uma fonte incrível de atitude contagiante no balneário», garantiu, antes de prosseguir na análise.

«Eu pensava que era o corpo que ditava o fim da carreira de um jogador. Agora, ao observar o Cristiano, percebo que é o cérebro que reforma o futebolista. O foco e mentalidade que tem são tais que o corpo simplesmente segue a sua rotina.»

«Ele não faz isto por ninguém, faz por si mesmo. A sua fome de vencer é a maior que já vi. Normalmente, um jogador conquista um troféu e, no dia seguinte, a intensidade diminui. Com ele, isso não acontece», prosseguiu.

Para Roberto Martínez, Ronaldo continua a jogar por... amor: «Chegou a um ponto em que joga por si e pelas pessoas que ama. O legado está assegurado. É um exemplo tremendo para qualquer jogador.»

«No último estágio, convocámos o Carlos Forbs, nascido em 2004, o ano em que o Cristiano se estreou pela Seleção. Isto mostra as diferentes gerações e o quão incrível é ter alguém com uma carreira daquelas sentado ao teu lado. É uma influência fantástica», atirou.