João Neves comemora efusivamente um dos golos (Foto IMAGO)
João Neves comemora efusivamente um dos golos (Foto IMAGO) - Foto: IMAGO

Penáltis, golos e foras de jogo, foi tudo legal! A análise de Pedro Henriques ao Portugal-Arménia

Grau de dificuldade baixo e árbitro acertou no que foi importante, nos penáltis e na validação dos golos.

7. No primeiro golo da Seleção que nasce do pontapé livre marcado por Bruno Fernandes, dois momentos de análise ao nível do fora de jogo. Renato Veiga cuja parte do corpo que está mais à frente e que é o seu ombro direito, está a ser colocado em jogo pelo pé esquerdo de Karen Muradyan, por isso e com acesso às linhas de fora de jogo, colocadas pelo VAR, tudo certo. O outro momento de análise prende-se com Bernardo Silva, pois esse está claramente em fora de jogo posicional, mas mesmo saltando para o esférico nunca impediu que o guarda redes Arménio, Henri Avagyan, ficasse impossibilitado de ver sempre a bola e a sua trajetória, e alem disso para ser assinalado posição irregular, é preciso que tenha um claro impacto e é esta frase da lei 11 (fora de jogo) e da sua página 104 que não se verificou para ser assinalado posição irregular «… tomando uma ação óbvia que tenha um impacto claro na capacidade de o adversário jogar a bola …». Portanto, tudo legal no primeiro golo português.

18’: Sem falta. Grant Ranos no corredor direito ganha a João Cancelo, que cai, mas sem falta e depois também não há qualquer infração de Eduard Spertsyan, que finalizou para golo, e que se antecipou com contacto, mas sem carga ou empurrão. Golo legal.

28. No golo de Gonçalo Ramos, que estava em fora de jogo posicional, mas que acabou por receber a bola, que foi jogada pelo seu adversário, na ocasião Artur Serobyan, destaque para o que diz a lei sobre esta situação em particular, «… não se considera que um jogador tira vantagem da posição de fora de jogo quando recebe a bola de um adversário que jogou o esférico deliberadamente …» o assistente é que estava desatento e apôs a bola entrar na baliza levantou a bandeirola para anular o golo, mas o árbitro de forma imediata mando-o baixar e validando assim o golo.

40. O pontapé livre que originou no quarto golo da seleção portuguesa nasce de uma falta que não deveria ter sido assinalada, pois o remate de Bruno Fernandes, que foi de muito perto e à queima, chamada bola inesperada, e que foi bater no cotovelo esquerdo de Narek Aghasaryan, que tem o braço dobrado, junto e encostado ao corpo e sem qualquer volumetria extra.

45'+1’: Agarrado e puxado. Karen Muradyan com ambas as mãos e por trás agarra e puxa de forma clara, ostensiva e evidente Rúben Dias, tendo este puxão, a consequência de fazer cair e impedir que o central português pudesse ir tentar jogar a bola. Pontapé de penálti bem assinalado.

70. Bem assinalado o pontapé de penálti sofrido por Carlos Forbs, foi pontapeado no seu calcanhar direito por Sergey Muradyan, que desta forma anulou uma clara oportunidade de golo, pois o avançado português estava isolado, e foi por isso que houve cartão amarelo para o jogador arménio, a lei da dupla penalização, faz com que haja uma despenalização disciplinar, ou seja, sempre que o penálti é cometido na tentativa de jogar a bola e que em simultâneo anula uma clara oportunidade de golo, o que era vermelho passa para amarelo.