Szymon Marciniak foi o árbitro do Newcastle-Benfica
Szymon Marciniak foi o árbitro do Newcastle-Benfica - Foto: IMAGO

Penálti por marcar contra o Benfica: a análise de Pedro Henriques à arbitragem

Em jogo fácil de dirigir, foi no plano disciplinar onde mais se notaram alguns erros. Houve um penálti de TV que o árbitro e o VAR não valorizaram.

Pedro Henriques, especialista de arbitragem de A BOLA, analisou a arbitragem do polaco Szymon Marciniak no duelo entre Newcastle e Benfica. Para Pedro Henriques, o juiz da partida errou no plano disciplinar e não assinalou uma grande penalidade a favor dos magpies.

3' Kieran Trippier entrou fora de tempo e acabou por, de forma negligente, pisar com o seu pé direito, de sola e com os pitons o pé esquerdo de Enzo Barrenechea. Uma entrada duríssima, negligente, que merecia a mostragem de cartão amarelo.

6' Amar Dedic podia ter visto o cartão amarelo quando Gordon o driblou e fugiu com perigo na direção da linha de baliza, sendo que o lateral encarnado, de forma evidente e ostensiva, agarrou o seu adversário.

Positivo:
23 faltas apenas, típico da Champions, e boa aceitação por parte dos jogadores das decisões do árbitro, mesmo aquelas que foram totalmente erradas.

18’ Malick Thiaw entrou fora de tempo, de forma negligente, de sola e com os pitons e acertou no pé/tornozelo esquerdo de Vangelis Pavlidis. Cartão amarelo bem mostrado.

32’ Jacob Murphy, que assistiu para o golo de Gordon a partir do corredor direito do ataque dos ingleses, estava a ser colocado em jogo tanto por Nicolas Otamendi como por António Silva, razão pela qual o golo foi legal sem que tenha havido qualquer infração à lei do fora de jogo.

45’ Dodi Lukebakio viu erradamente um cartão amarelo. Não só não cometeu nenhuma falta, como ainda foi ele que a sofreu, um pisão negligente por parte de Gordon, que devia ter sido advertido com cartolina amarela.

69’ Fredrik Aursnes agarrou e puxou o braço esquerdo de Bruno Guimarães com as duas mãos. Este puxão foi persistente e continuo, ou seja, nunca largou o braço do seu adversário, e teve como consequência a queda do médio brasileiro, que ficou desta forma impossibilitado de continuar com a bola. Ficou, portanto, um pontapé de penálti por assinalar a favor da equipa inglesa.

Negativo
Comportamento dos bancos, sempre de pé e a contestar as decisões. Tempo extra muito escasso. A gestão disciplinar.

81’ Um caso clássico de um jogador, neste caso Anthony Gordon, que se atravessou na frente de outro, Richard Ríos. O jogador do Newcastle retardou o movimento para sentir o contacto, nas costas e na perna esquerda, do médio do Benfica e, com isso, projetar-se para o chão, para tentar ganhar uma falta que não existiu. Lance legal e sem motivo para pontapé de penálti.

90’ Foram dados apenas dois minutos de tempo extra, para recuperação de tempo perdido na segunda parte, que foi escasso, pois tivemos quatro paragens para substituições, em que entraram seis jogadores, e ainda tivemos dois golos. Esta fase da competição pode ser resolvida por diferença de golos marcados e sofridos e, como tal, independentemente do resultado que estiver no minuto noventa, o tempo extra tem de ser dado com mais rigor.

Nota do árbitro: 5