Palhinha sem cerimónias na casa dos amigos (crónica)
Depois de um arranque a todo o gás na Premier League, com goleada ao Wolves (4-0), o Manchester City protagonizou este sábado o primeiro tropeção na prova, ao sair derrotado da receção ao Tottenham (0-2), em encontro da 2.ª jornada. Entre os culpados, um português: João Palhinha.
O médio estreou-se a titular na Premier League com a camisola dos spurs na visita a Rúben Dias (capitão dos anfitriões), Bernardo Silva e Matheus Nunes (suplentes), e revelou-se uma das peças fundamentais na hora de travar o conjunto de Pep Guardiola, antes de mostrar serviço em terrenos mais adiantados.
No entanto, o primeiro a dar nas vistas, com a primeira ameaça do encontro, foi outro ex-Sporting, Pedro Porro: livre e recarga, no entanto, falharam o alvo (8’). O City acusou a pressão e respondeu por Marmoush (que foi aposta no onze inicial, tal como Cherki): primeiro aproveitou uma falha de Porro e rematou a poucos centímetros do poste (10’), depois foi parado por Trafford (12’), de novo na baliza, com Ederson no banco. Já depois de contratempo na equipa de Manchester, com a saída de Ait-Nouri por lesão, Trafford voltou a impor-se ao egípcio, impedindo golo (29’).
Falhou o City, não desperdiçou o Tottenham. Richarlison assistiu Brennan Johnson, que ainda fez compasso de espera, mas viu o VAR validar o golo (35’), que gelou o Etihad.
Pior ficou para os adeptos da casa quando o único português dos spurs também fez estragos, aos 45+2’. Numa reposição de bola de forma curta, Trafford recebeu de Rúben Dias e tentou o passe para Nico González, mas o mesmo foi intercetado e acabou nos pés de João Palhinha, que fez o primeiro golo pela equipa londrina — não marcava na Premier League há quase ano e meio (desde que faturou no 3-3 contra o Sheffield a 30 de março de 2024).
O fracasso da época passada pairava ao intervalo e levou os citizens a uma entrada pressionante no segundo tempo... com o mesmo sucesso da primeira parte: nenhum. Mais uma vez, Palhinha teve responsabilidade: aos 48' cortou um remate de Nathan Ake, aos 53' salvou a equipa de um erro de Vicario, ao anular um cruzamento rasteiro de Haaland.
Um dos momentos mais perigosos dos anfitriões foi aos 70', quando na sequência de um livre lateral Richarlison desviou a bola impedindo cabeceamento de Rúben Dias. Rodri e Bernardo Silva foram lançados, mas tanto um como o outro falharam de cabeça, aos 76' e 83', respetivamente. E na pressão final do City, a festa dos londrinos poderia ter sido maior, mas duas defesas seguidas de Trafford não permitiram mal maior.
Festejou o Tottenham e com Frank Thomas em destaque: o dinamarquês tornou-se o terceiro técnico a derrotar, fora de portas, Pep Guardiola por dois clubes (já o tinha feito pelo Brentford), a seguir a José Mourinho (Real Madrid e Man. United) e Antonio Conte (Chelsea e Tottenham).
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