«Os jogadores foram fantásticos»: tudo o que disse Mourinho
- Missão cumprida, o Benfica venceu e está nos quartos de final da Taça…
«Os jogadores estiveram muito bem, a equipa esteve muito bem. Eu, ao intervalo, disse que a única coisa que não gostava era do resultado, porque obviamente com 1-0 o resultado está aberto. Mas atitude muito boa, comparando este jogo com o de Chaves e com o do Atlético, é completamente o oposto. A equipa foi séria, entrou bem, entrou forte. Marcou, quis continuar a marcar. Não marcámos, não foi porque não quiséssemos. A equipa continuou a jogar, continuou a dominar. Ganhámos todos os duelos defensivos. O Tomás [Araújo], o António [Silva], o Nico [Otamendi], o Dahl, ganharam todos os duelos, ganhámos todas as segundas bolas. Tivemos controlo total do jogo. Depois, quando fazemos o 2-0, obviamente que aí sim, já entramos numa zona de segurança. Mas a equipa sempre a ter prazer de jogar, a ter prazer de estar em campo. A rapaziada que tem jogado menos a dar uma resposta muito boa, aqueles que têm jogado mais a serem chave. Estou verdadeiramente contente com o jogo.»
- O Otamendi voltou a falhar uma grande penalidade. Porquê ser ele a marcar?
«É uma escolha nossa. É um jogador que tem oportunidade para ir e para marcar. Ele próprio agora, no final do jogo, disse que, se eu quisesse que ele continuasse a marcar, que ele o faria sem problema, mas que também ficaria contente de dar a oportunidade a outro que um dê um passo em frente e o passe a ser o segundo a seguir ao Pavlidis. Importante foi que falhámos o penálti e continuámos a jogar e a querer e a dominar. A equipa está bem, está confiante. Temos tido algumas lesões, mas felizmente – ou infelizmente – lesões por contato agressivo, mas a equipa está com uma boa saúde física e mental. Estes jogos deixam-me sempre receoso com a maneira como os jogadores os encaram, e quando se está numa fase boa, a jogar bem e a ganhar, e Nápoles e Moreirense, sempre ali um pezinho à frente… atrás. Relativamente à atitude da equipa, os jogadores foram fantásticos. Acho que é uma boa, sólida e confortável vitória que me deixa contente.»
- O Samuel Soares e o Sudakov tiveram de sair com queixas. É preocupante?
«O Samuel Soares é uma sensação muscular, por estiramento numa bola que ele jogou longa. Eu tive medo de ter de queimar um segundo slot [de substituições] no início da segunda parte e ficar só com um slot para o resto do jogo. Podia ter arriscado um bocadinho, tentado um bocadinho mais, não quis, porque já tinha feito um slot com o Sudakov. As lesões do Sudakov e do Barreiro é que são dois contactos “agressivos” – para ser simpático no vocabulário. O doutor diz-me que há possibilidades de ambos jogarem na segunda-feira, mas temos ali um limite.»
- A equipa já está exatamente como quer?
«Exatamente como quero nunca estará. É assim que tem de ser. Há sempre coisas a melhorar: não éramos a pior equipa do mundo quando não tínhamos bons resultados nem performances, também agora não somos a melhor equipa do mundo porque temos resultados positivos e a equipa tem jogado bem. Há sempre coisas a melhorar, mas vejo uma equipa sólida, com boa identificação de processos, os timings de pressão são muito bons, as transições após recuperar e após perder a bola são boas também. A equipa está bem, está num bom momento. Esperamos segunda-feira contra um grande adversário confirmar este momento.»
- Que análise faz ao desempenho do Manu e à estreia do Banjaqui?
«O Manu não estava à espera que ele fizesse os 90 minutos, estava lá o Enzo [Barrenechea] preparado para queimar uma substituição. Só que o jogo foi andando numa direção de muito controlo nosso e o jogo do Manu foi praticamente todo feito com bola ou a pressionar na frente, sem ter de percorrer grandes distâncias. Fomos equilibrando e fomos vendo que ele podia chegar aos 90 minutos. É um jogador muito importante para nós. É muito confortável para mim ter Enzo e Manu. O Banjaqui tenho muita confiança nele, gosto muito dele. Ainda tive o impulso de começar o jogo com ele, mas ao mesmo tempo não gosto muito de facilitar. Uma das forças do Farense são as situações de bola parada. O Darío [Poveda] que entrou só na segunda parte, é fisicamente muito forte, podia dominar o miúdo na estreia. Preferi ser mais cauteloso e ir com o Tomás, mas o Banjaqui é outro dos muitos jovens que estão no Benfica e que tem verdadeiramente pernas para andar.
- Tem preferência pelo FC Porto ou pelo Famalicão nos quartos de final?
«Não tenho. Será sempre uma viagem mais ao norte, será sempre mais um jogo fora de casa e será sempre um adversário dos mais fortes do campeonato. FC Porto ou Famalicão será sempre um jogo difícil para nós e para eles.»