Mateus Mide, Bernardo Lima, Yoan Pereira, Martim Chelmik e Duarte Cunha, os dragõezinhos campeões do Mundo pelos sub-17 - Foto: FC Porto
Mateus Mide, Bernardo Lima, Yoan Pereira, Martim Chelmik e Duarte Cunha, os dragõezinhos campeões do Mundo pelos sub-17 - Foto: FC Porto

Os contratos e as cláusulas dos campeões mundiais do FC Porto

Martim Chelmik, Yoan Pereira, Bernardo Lima, Mateus Mide e Duarte Cunha estão amarrados com vínculo até 2027, o máximo permitido por lei. O perfil dos valentes dragõezinhos

O quinteto do FC Porto que se sagrou campeão mundial de sub-17 está bem amarrado com contrato sólido até junho de 2027, o máximo permitido para jogadores menores de idade, e com cláusulas de rescisão que defendem os interesses dos azuis e brancos. Martim Chelmik, Yoan Pereira, Bernardo Lima, Mateus Mide e Duarte Cunha juntaram na quinta-feira o título mundial ao europeu conquistado em junho passado.

É natural que a cobiça à volta dos portistas se acentue, à semelhança do que acontece com todos os campeões mundiais que viram a sua cotação subir em flecha depois do brilharete no Qatar. Mateus Mide, médio ofensivo, atrai os holofotes, visto que foi eleito o melhor jogador do torneio, recebendo o troféu das mãos de Xavi Hernández. Filho de Adriano Mide, um ex-jogador de futsal brasileiro que se estabeleceu em Matosinhos, Mateus Mide juntou-se a outros grandes nomes que venceram esse prémio num Mundial de sub-17, como Cesc Fàbregas, Toni Kroos e Phil Foden.

O plano do FC Porto para estas e outras promessas que também despontam na base aponta para uma ligação a longo prazo e um crescimento sustentado, embora alguns, pelo seu talento diferenciado, possam queimar etapas. Dos cinco, o médio Bernardo Lima é aquele que tem gozado de mais espaço na equipa B – soma três jogos. Os restantes têm mais palco competitivo nos sub-19.

Além dos contratos, todos válidos até 2027, qual é a grandeza das cláusulas dos campeões europeus e mundiais do FC Porto? A BOLA responde a essa questão. Mateus Mide e Bernardo Lima têm muito em comum: são ambos médios e o valor da cláusula de rescisão é o mesmo: 20 milhões de euros. Martim Chelmik (central), Yoan Pereira (extremo/avançado) e Duarte Cunha (extremo/avançado) estão protegidos por uma cláusula de 10 milhões de euros.

Na rampa para se tornarem atletas de elite, os cinco portistas reforçam créditos nos azuis e brancos. Será sempre com método, planeamento e avaliações criteriosas das respetivas evoluções nos quadros competitivos em que estão integrados que o FC Porto determinará quais os passos seguros para ter mais Moras e Martins Fernandes preparados para serem mais-valias na equipa principal, no futuro.

Os perfis dos cinco campeões

Martim Chelmik
Natural do Porto, é um exemplo de consistência defensiva. Ainda com16 anos, participou em 28 jogos pelos juniores do FC Porto na época 2024/25, tendo assinado o primeiro contrato profissional e conquistado o Europeu sub-17. Já na presente temporada, e com 17 anos, afirmou-se como uma peça fundamental da seleção portuguesa, sendo totalista em seis dos oito jogos do Mundial. Foi decisivo ao marcar uma das grandes penalidades frente ao Brasil, garantindo a passagem à final.
Yoan Pereira
Nascido no Luxemburgo, chegou ao FC Porto em 2022 e demonstrou rapidamente o seu valor. Após uma época promissora nos juvenis, destacou-se no percurso rumo ao título mundial, com dois golos marcados, incluindo um na goleada frente ao México e outro nas grandes penalidades contra o Brasil.
Bernardo Lima
Médio formado no FC Porto desde 2016, estreou-se como sénior pela equipa B na época passada, após um desempenho de alto nível nos juniores, com oito golos e uma assistência em 30 jogos. No Mundial, foi um dos capitães e participou em todos os jogos, destacando-se pela sua intensidade e capacidade física no meio-campo, sendo o jogador com mais faltas cometidas e um dos melhores em interceções.
Mateus Mide
Avançado formado na Dragon Force, foi o grande destaque ofensivo de Portugal no Mundial. Com a camisola 10, brilhou ao marcar e assistir em momentos decisivos, incluindo o golo inaugural na final contra o Brasil. O seu desempenho valeu-lhe o prémio de Melhor Jogador do torneio, entregue por Xavi, consolidando o seu estatuto como uma das principais promessas do futebol mundial.
Duarte Cunha
Natural de Vila Nova de Cerveira, é um dos meninos mais destacados dos escalões de formação. Na última época, somou16 golos e fez 21 assistências pelos juvenis e, já nos juniores, manteve um registo forte. No Mundial, destacou-se pela capacidade de cruzamento e foi decisivo na final ao fazer a assistência para o golo de Anísio Cabral, após combinação com Mateus Mide, que garantiu o título para Portugal.