Operação Pretoriano: advogada faz requerimento para obter novo vídeo como prova

Prossegue, esta segunda-feira, o julgamento relativo à Operação Pretoriano. A décima sessão, que está a ter lugar no Tribunal de São João Novo, no Porto, ficou marcada por um atraso no início de quase uma hora.

Durante a manhã, prestaram depoimentos sobre os acontecimentos da Assembleia Geral do FC Porto de novembro de 2023 várias testemunhas, entre as quais Miguel Alves, sócio do FC Porto de 46 anos, que relatou momentos de pânico nessa noite: «Vi confusão, tumultos, gente a correr para a bancada norte. Não vi o início da confusão, isso foi instantes antes de entrar. Comecei a filmar com o telemóvel e duas raparigas vieram ter comigo com exigências. Pouco depois, alguns conhecidos delas tiraram-me o telefone e obrigaram-me a apagar os vídeos.»

Uma das advogadas interrompeu depois a sessão para fazer um requerimento ao tribunal para obter o vídeo gravado pelo associado dos dragões como prova, ação refutada pelos advogados dos arguidos. Uns pretendem ver as imagens antes do contraditório e outros alegam que a testemunha não afirmou que ainda tinha o vídeo em sua posse. O coletivo de juízes reuniu e acabou por pronunciar-se: «Filmagem poderá ajudar a esclarecer a descoberta da verdade. Defere-se e concede-se o prazo de três dias para o exercício do contraditório relativamente ao conteúdo da filmagem.»

Antes de Miguel Alves, falaram em tribunal três testemunhas: Rui Martins, segurança da SPDE de 46 anos; Ângela Rodrigues, hospedeira no dia da Assembleia Geral Extraordinária e Márcia Fonseca, funcionária da Porto Comercial, que revelou ter recebido uma chamada de uma colaboradora que disse que as pulseiras haviam sido «roubadas.»

De referir que, no nício da sessão, Fernando Madureira foi questionado sobre se pretendia ficar dentro do veículo que o transportou para o local ou na cela do tribunal, sendo que o ex-líder da claque Super Dragões decidiu permanecer na cela.

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