Sébastien Ogier e o co-piloto Vincent Landais no pódio em Toyota City      Fotografia Imago
Sébastien Ogier e o co-piloto Vincent Landais no pódio em Toyota City Fotografia Imago

Ogier vence no Japão com superdomingo e adia decisão do título

Piloto francês somou tudo o que podia na penúltima etapa do campeonato para manter a hipótese de conquistar o Mundial de ralis pela nona vez. Agora tudo se irá decidir na derradeira prova contra o britânico Evans, numa luta titânica entre os dois Toyotas Gazoo

O francês Sébastien Ogier (Toyota Yaris) venceu, este domingo, o Rali do Japão, 13.ª e penúltima prova do Mundial (WRC), e ficou a apenas três pontos do líder do campeonato, o britânico Elfyn Evans (Toyota Yaris), que soma 272 pts, com três etapas ganhas e cinco segundos lugares. Performances que têm feito a diferença, pois esta foi a sexta vez que Ogier venceu em 2025.

O francês, que busca o nono título mundial da carreira, concluiu a prova nipónica com 3,21,08;9h, batendo Evans por 11,6s, com Sami Pajari (Toyota Yaris) a ser terceiro, a 2.16,6m, naquele que foi o melhor resultado da carreira do jovem piloto finlandês, de 23 anos.

O derradeiro dia de prova ficou marcado pela chuva, que alterou as condições de aderência nas estradas - estreitas e sinuosas -, o que custou um erro e a desistência do francês Adrien Fourmaux (Hyundai i20), quando ocupava a terceira posição.

Fourmaux bateu numa proteção e arrancou mesmo uma das portas do Hyundai, acabando por desistir pouco depois, promovendo Pajari ao pódio pela primeira vez na carreira.

Na frente, Evans entrou ao ataque, pressionando a liderança de Ogier logo no primeiro dos seis troços do dia, mas o ritmo alto provocou alguns sustos ao piloto galês.

Sébastien Ogier aguentou a pressão, mudou as afinações do Yaris para se adaptar às alterações atmosféricas, e garantiu a pontuação máxima. Venceu a prova, foi o mais rápido no superdomingo, o que lhe garantiu mais 5 pontos extra, e ganhou a powerstage (última especial), somando outros 5 pts.

Tudo contabilizado, Ogier recuperou 10 dos 13 pontos que tinha de atraso para Elfyn Evans no campeonato, chegando à última corrida, na Arábia Saudita, uma estreia no campeonato, com apenas três pontos de atraso e a bastar-lhe vencer - algo que já fez por seis ocasiões na temporada — para igualar os nove títulos do compatriota Sébastien Loeb.

«Obviamente, é o resultado perfeito. Foi um fim de semana difícil porque, com a chuva, tudo ficou incerto. Esta manhã parecia que estávamos a começar um novo rali», frisou Sébastien Ogier, da Toyota Gazoo, tal como Evans, esperando que a derradeira prova «não seja uma lotaria».

O estónio Ott Tanak foi o melhor entre os pilotos Hyundai, na 4.ª posição, enquanto o finlandês Kalle Rovanpera (Toyota Yaris), vítima de um erro na sexta-feira, ainda recuperou até ao 6.º lugar final, conseguindo manter-se na luta pelo título.

Evans tem, agora, 272 pontos contra 269 de Ogier e 248 de Rovanpera, quando estão ainda 35 em disputa.

Fora destas contas ficou já o estónio Tanak, campeão em 2019, que anunciou, depois de finalizada a prova nipónica, que deixa o Mundial de Ralis a tempo inteiro para «dedicar mais tempo à família», abrindo a porta a participações esporádicas, como fizeram Ogier ou Rovanpera.

A derradeira prova, na Arábia Saudita, decorre entre 26 a 29 de novembro.