Francesco Farioli, treinador do FC Porto - Foto: Eduardo Oliveira/KAPTA+
Francesco Farioli, treinador do FC Porto - Foto: Eduardo Oliveira/KAPTA+

O «jogo esperado», a arbitragem e Eustáquio... adjunto: tudo o que disse Farioli

As palavras do treinador do FC Porto na conferência de Imprensa que se seguiu à vitória sobre o SC Braga (2-1)

Francesco Farioli, treinador do FC Porto, descreveu o duelo com o SC Braga como um jogo enquadrado naquilo «que esperava» encontrar. O italiano falou também sobre os momentos de irritação vividos no banco perante algumas decisões de Fábio Veríssimo e destacou o papel de Stephen Eustáquio... mesmo sem entrar.

Que análise faz do jogo e quão importante foi a vitória?

—Foi difícil, contra uma equipa que já tínhamos descrito. Uma equipa muito boa, muito bem treinada. É um resultado importante e uma grande exibição em termos de espírito, vontade e compromisso. O Gabri com a assistência e o Borja com o golo... E tenho de mencionar também o Eustáquio, que, no banco, foi como um adjunto, a falar, a apoiar, a ajudar… É difícil descrever o quão grato sou por ter estes jogadores, pela forma como são, como se comportam, como treinam e como ajudam a equipa a ser melhor a cada dia.

De que forma analisa o encontro? Não foi um FC Porto à imagem do habitual...

—Não é habitual termos tão pouca bola. Há duas formas de controlar o jogo, um com a bola, outra sem ela. Sofremos de bola parada, numa situação de algum caos, e não permitimos mais nada contra uma equipa que marca quatro e cinco golos contra qualquer equipa. É um resultado muito importante contra uma equipa muito boa, que está num bom momento.

Como é que viu o jogo do SC Braga e por que razão mexeu no onze?

—Mencionei antes do jogo que o SC Braga vinha cá para tornar o nosso jogo menos fluído, diminuir a nossa eficácia. Foi um jogo com momentos de duelo, toques que mudam a dinâmica. Estou feliz com a vitória e o resultado. Mudanças? Decisões… Época longa, com muitos jogos. O Rodrigo e o William tiveram bom impacto no jogo e os que entraram deram um empurrão até à vitória.

O que correu mal na exibição do FC Porto?

—Seria bom se amanhã víssemos ambos o jogo... Não foi fluído, mas isso aconteceu de ambos os lados. Recuperámos a bola perto do guarda-redes deles, algo que nunca conseguiram fazer. Foi o jogo que esperávamos, jogámos como tínhamos de jogar. O facto de jogarmos mais com o Diogo [Costa] foi porque o adversário veio pressionar mais homem a homem e é preciso criar espaço.

O que destaca na atitude da equipa?

—Mais do que a eficácia, é a vontade de rematar. O golo do Borja é uma imagem muito boa disso. E também houve outros momentos com 2 ou 3 jogadores a atacar, em que não tocámos na bola por 2 ou 3 centímetros.

Viu este SC Braga um pouco à semelhança do seu FC Porto?

—O Braga é das poucas equipas que defende desta forma, muito agressiva, com duelos individuais. Fazemos o mesmo porque sentimos que há vantagens a tirar disso. Isso está a dar-lhes alguma vantagem, estão num momento positivo. O jogo não podia ser diferente do que foi. O contacto nosso era falta e eles puderam jogar com as mãos, as pernas… Foi um pouco isso, também.

De que forma analisa a arbitragem? Vimos alguma irritação no banco do FC Porto...

—Seria interessante haver o mesmo critério de avaliação em tudo. 28 pontos, vencer, vencer, vencer… É fácil vir abaixo, mas toda a gente tem olhos para ver. Há questões evidentes e pode criar alguma irritação, mas os jogadores portaram-se muito bem, ainda que não tenha sido fácil controlar a emoção dentro de campo.