O excelente SC Braga, De Jong e a narrativa: o que disse Farioli
Como avalia o último jogo do SC Braga?
— Estão num excelente momento, o melhor deles, uma sequência muito positiva de resultados e exibições, no campeonato e nas outras competições. É um jogo que vai exigir a nossa melhor versão para competirmos da forma que queremos. A chave é fazer bem as coisas, com precisão, energia, comprometimento e paixão. Temos de estar preparados e competir muito.
Luuk de Jong está perto de voltar?
— Ainda não está tão perto de voltar como queríamos, mas já está no relvado, corre quase sem dores e começa a tocar na bola, mas antes da paragem de seleções não volta.
É uma semana muito intensa com Liga e Liga Europa. Como vai gerir este ciclo?
— Vamos jogo a jogo, primeiro pensamos no SC Braga, que é uma equipa que está numa forma muito boa, é uma das equipas mais em forma a par do Gil Vicente FC. Temos de estar preparados para competir com intensidade.
Espera um SC Braga a jogar mais na expetativa ou a assumir o seu jogo?
— Honestamente, creio que o SC Braga mudou um pouco nas últimas semanas, tornou-se mais agressivo na defesa e acredito que vão ser bravos como têm sido. O SC Braga é uma equipa que defende subido e é agressiva nos duelos. O jogo de amanhã vai ser entre duas equipas a jogar cara a cara e vão querer jogar no campo todo, com muitos duelos e muitas combinações que podem desbloquear algumas situações. É este o tipo de jogo de que estamos à espera.
Há uma forma diferente do FC Porto poder atrair o adversário quando inicia o ataque, dado que se nota que as equipas fecham muito bem o bloco?
— Podemos tentar atrair à vontade, mas se eles não sobem, não sobem [risos]. A narrativa que anda por aí, honestamente, não é a correta. Quantos de vocês [jornalistas] reveem os nossos jogos? Para se destruir o que fazemos, é muito fácil. Temos de ser pacientes para encontrar os momentos certos e temos de nos ajustar ao que os jogos pedem, pois exigem diferentes abordagens, mas acima de tudo temos de nos manter sempre alerta com o que temos de fazer. Estamos no caminho certo, mas sempre com coisas para melhorar.
Como contornar as equipas que defendem muito atrás?
— Na minha ótica a chave é fazer as coisas bem, com o mesmo rigor, a mesma energia, o mesmo compromisso e com a mesma paixão. Acho que não vai ser o caso de amanhã, acho que vamos enfrentar uma equipa com um estilo completamente diferente, que pressiona com muita intensidade, por isso temos de mudar o chip e voltar ao que fizemos mais no início da temporada.
Pepê e William jogaram juntos toda a segunda parte, o que não é um cenário comum. O que pode essa sociedade oferecer de diferente relativamente a Borja Sainz?
— A época é longa e vamos precisar de utilizar várias combinações dos nossos extremos. Ambos podem jogar em ambos os lados, enquanto o Borja Sainz é claramente um extremo esquerdo. De acordo com o jogo, tentamos escolher as melhores possibilidades.