O eterno agradecimento a A BOLA
Rui Gomes desde cedo teve uma ligação ao futebol e, também, a A BOLA: «Se hoje julgo que sou cuidadoso com a escrita, em muito o devo a grandes jornalistas como Vítor Santos, Carlos Pinhão, Jorge Schnitzer, entre outros. Em miúdo, enquanto os outros queriam era ler o Tio Patinhas eu queria era ler A BOLA. Só que custava um escudo e eu não tinha dinheiro. O jornal saía à segunda, quinta e sábados e encontrei um estratagema: havia um contínuo na minha escola que lia o jornal e depois, ia colocá-lo no lixo. Era o meu momento de glória: apanhava o jornal e lia tudo. E foi assim que aprendi, também de geografia com o Hoje Jogo Eu, em que os enviados-especiais de A BOLA faziam uma crónica na cidade do estrangeiro onde se encontravam. Mais tarde, relembro uma rubrica do Artur Jorge quando esteve a treinar na RDA que se intitulava: Quase, quase treinador.»