'Nova' Decathlon AG2R La Mondiale entra para clube das mais ricas do pelotão

A marca francesa de artigos desportivos Decathlon substituirá a Citroën a partir de 2024 como um dos patrocinadores da equipa de ciclismo daquele país que desde 1998 tem como principal financiador a seguradora AG2R. A nova parceria, que cria a Decathlon AG2R La Mondiale, tem prazo previsto mínimo de cinco anos e proporcionará significativo reforço orçamental à WorldTeam dirigida por Vincent Lavenu.

Com este acordo de patrocínio, também a Van Rysel, marca de bicicletas e vestuário técnico da Decathlon, substitui, no primeiro caso, o fabricante suíço BMC, e torna-se fornecedor oficial de equipamentos (roupa, capacetes e óculos) da renomeada Decathlon AG2R La Mondiale.

Segundo informações avançadas pelo jornal L'Équipe, a saída da Citroën representa uma perda direta de 6 a 7 milhões de euros anuais no orçamento da equipa, mas a chegada da Decathlon, número 1 mundial na venda de artigos desportivos, com mais de 15 mil milhões de euros anuais em volume de negócios, injetará um montante superior ao do construtor automóvel, devendo atingir os 10 milhões de euros por temporada.

A Decathlon AG2R La Mondiale deverá, assim, ter um orçamento de 26 milhões de euros para 2024, que elevaria a formação francesa ao top 5 das mais abastadas do ciclismo.

Esta abastança já se repercutiu na janela de transferências deste defeso, financiando a contratações de seis reforços para 2024: o vencedor de uma etapa do Tour de França de 2023, Victor Lafay (27 anos), o campeão francês de contrarrelógio em 2022, Bruno Armirail (29 anos), o consagrado velocista irlandês Sam Bennett (32 anos) e três belgas, o experiente Dries De Bondt (32 anos) e duas promessas, Gianluca Pollefliet (21 anos) e Sander De Pestel (25 anos).

Resta agora à equipa francesa refletir o estatuto orçamental em resultados, o que não tem acontecido nos últimos anos. Em 2023, a AG2R Citroën terminou a época apenas no 18.º lugar no ranking da UCI, muito próxima da despromoção, com apenas nove vitórias (apesar de duas em grandes voltas: uma no Giro, por Aurélien Paret-Peintre; e outra no Tour, por Felix Gall), distante das ambições dos seus responsáveis - e certamente também dos patrocinadores.