A capa de 'Nevermind', álbum de 1991 dos Nirvana - Foto: IMAGO

Nirvana ganha novo processo em tribunal por capa do álbum 'Nevermind'

Bebé nu acusava banda de distribuir pornografia infantil

Um juiz federal nos Estados Unidos da América rejeitou novamente um processo movido por um homem que acusava a banda de grunge Nirvana de distribuir pornografia infantil ao usar uma fotografia sua, enquanto bebé nu a nadar, na capa do seu icónico álbum de 1991, Nevermind.

O juiz distrital dos EUA, Fernando Olguin, indeferiu o processo de Spencer Elden pela segunda vez, concluindo que nenhum júri razoável consideraria a imagem pornográfica.

«Além do facto de o queixoso estar nu na capa do álbum, nada pode enquadrar a imagem no âmbito da lei sobre pornografia infantil», afirmou Olguin, comparando-a uma «fotografia de família de uma criança nua a tomar banho».

Entre os réus encontravam-se os membros sobreviventes dos Nirvana, Dave Grohl e Krist Novoselic, a viúva do falecido vocalista Kurt Cobain, Courtney Love, e o fotógrafo Kirk Weddle.

O advogado dos Nirvana, Bert Deixler, manifestou-se «satisfeito» por o tribunal ter considerado o caso «sem mérito» e aliviado a banda do «estigma de falsas alegações».

O processo teve origem na utilização de uma fotografia tirada por Weddle no Pasadena Aquatic Center, na Califórnia, que retratava Elden a nadar nu em direção a uma nota de um dólar presa num anzol.

Elden, agora com 34 anos, processou a banda e a sua editora, a Universal Music Group, pela primeira vez em 2021, acusando-os de exploração sexual através da sua imagem na capa.

O juiz arquivou o caso em 2022, por considerar que as alegações de Elden tinham prescrito, sem analisar o mérito das mesmas. Essa decisão foi revertiada em 2023, em recurso, obrigando à apreciação da matéria da queixa.