«Não tem classe nenhuma»: ex-Liverpool e City envolvido em polémica
O Celje, da Eslovénia, venceu na quinta-feira em casa do Shamrock Rovers, por 2-0, num jogo da Liga Conferência que foi quentinho sobretudo... nos bancos.
Isto porque os treinadores – Stephen Bradley nos Rovers, Albert Riera no Celje – são velhos conhecidos, sem grande simpatia um pelo outro.
A rivalidade entre os dois começou na época passada, quando estas mesmas duas equipas se defrontaram nas pré-eliminatórias da Liga Europa.
Riera, antigo jogador do Liverpool e do Manchester City, entre outros, previu a vitória do conjunto que orienta, mas acabou derrotado. No final, Bradley acusou-o de «pura arrogância» e «falta de respeito».
Mais de um ano depois, novo duelo entre os dois, e as desavenças não ficaram esquecidas. Riera abriu as hostilidades na conferência de imprensa, ao sugerir que o técnico rival nunca treinou fora da Irlanda por falta de qualidade.
«Estamos muito longe do nível [do Shamrock Rovers]. Mesmo a fazer uma segunda parte medíocre, podíamos ter marcado mais golos. Permitimos-lhes algumas oportunidades, mas, no geral, mostrámos nos 90 minutos que temos um nível superior. E por isso ganhámos», começou por dizer.
«O que acontece no relvado fica no relvado, certo? Como me respeitas, eu respeito-te. Por isso, não serei mau para ti, mas se me desrespeitas desta forma...», acrescentou, para justificar a decisão de não ter cumprimentado Bradley.
Riera continuou: «Pessoalmente, não direi uma única palavra, porque não o conheço e não o quero conhecer. Nem sequer tomámos um café. E, de qualquer forma, não lhe darei a oportunidade de tomar um café comigo, porque, passado um ano, ele ainda não pediu desculpa, e isso eu não aceito.»
«Ele é alguém que está aqui há muitos, muitos anos. Penso que já leva nove anos. Mesmo ganhando aqui neste país, continua neste país. Nenhum clube estrangeiro o procurou. Penso que isso diz alguma coisa», atirou.
Stephen Bradley respondeu e garantiu que nunca saiu da Irlanda por motivos familiares – a imprensa avança que o filho do técnico de 40 anos luta contra uma doença grave – e acusou o adversário espanhol de «falta de classe».
«Este homem não tem classe nenhuma, em nenhum aspeto. Acho que isso é bastante evidente. Portanto, não vale a pena fingir que gostamos um do outro. No ano passado, não nos mostrou qualquer respeito e depois andou a dizer que viriam cá vencer-nos, 'blá, blá, blá'. Nós vencemo-los. Mas a forma como ele falou resume bem a pessoa que é», defendeu.
«Acho que se ele tivesse feito o trabalho de casa, não estaria a falar assim. Penso que é bastante claro, nos últimos anos, qual foi a minha prioridade número um», concluiu.